Antigo morador carismático de Senador Firmino-MG, há décadas residindo na capital paulista, a história de vida do bem-humorado Márcio Antônio de Oliveira, o popular “Marreco”, pode ser contada e recontada com desenvoltura elegante.
Na verdade, a trajetória desse mineiro tradicional incorpora pontos de destaque bem acima da média. Afinal, não é todo dia que interioranos comuns conseguem sair do anonimato rotineiro da labuta cotidiana para se posicionar firmemente em postos distintos. Daí tendem a alcançar merecida graduação social/comercial, alcançando notoriedade nacional. “Marreco” é um dos bons exemplos dessa marcha vitoriosa, referência cristalina de como as pessoas chegam ao andar de cima espontaneamente.
Em São Paulo, seguindo os passos de muitos aventureiros chegantes à metrópole das cinzas, Márcio trabalhou em áreas diferenciadas, totalmente à parte do segmento gastronômico que abraçaria profissionalmente, quando se uniu a dois conterrâneos (Romildo Vieira e Rafael Oliveira) para fundar e administrar o Chef Mineiro, restaurante pautado na cozinha mineira. O roteiro do projeto foi apresentado juntamente com o convite para topar esse desafio.
“Apenas segui minha intuição diante desse chamamento desafiador. Tentar é o mais importante. Se você desperdiça uma oportunidade e ela ocasionalmente venha a vingar em mãos alheias, aí, sim, irá se lamentar pelo resto da vida…”
“INVESTIMOS NUM SONHO QUE DEU CERTO E NOS DEIXA FELIZES TODOS OS DIAS”
O mago Merlim da cozinha mineira agora brinda São Paulo e o mundo com seu talento culinário, extasiando aqueles que reconhecem quando algo é extremamente suculento. “Marreco” salienta não existir segredo específico para qualquer sucesso nesse segmento tão complexo. Pontua existir é franca disposição de trabalho, somando-se à delicadeza para o alcance do tempero perfeito.
“Cozinhar por cozinhar, qualquer um sabe. Pessoalmente, eu cozinhava em eventos familiares, e os pratos eram do agrado de todos. Pelo menos é o que diziam”, explica.
Nesse hobby cozinheiro, Márcio confessa jamais ter imaginado protagonizar guinada tão fantástica no setor gastronômico depois de militar em profissões opostas em São Paulo, muitos anos depois de ter deixado o “mar de serras” da pacata Senador Firmino, solidificando base domiciliar na inquieta metrópole.
“Agradeço, primeiro, a Deus, pois se Ele não autorizar, nada pode ser alcançado. E agradeço também aos meus dois sócios, parceiros incríveis nesse projeto de concepção do Chef Mineiro. Ambos têm admirável experiência no setor de gastronomia há décadas. Aceitei também por saber que estavam investindo em algo que conhecem bem. Ainda agradeço o apoio dos muitos amigos e de toda a minha família. Se o sucesso bateu rápido à nossa porta, eles têm grande parcela de contribuição nisso”.
Por João Carlos de Queiroz, editor-geral