Redação site – O presidente Michel Temer esteve hoje no local do incêndio do prédio paulista logo nas primeiras horas da manhã, mas foi obrigado a sair às pressas, depois de receber vaias e tentativas de agressões por parte de manifestantes presentes na área. Momento em que, para garantir sua integridade física, a equipe de segurança o reconduziu à viatura presidencial, trajeto feito com dificuldades, aos esbarrões e empurrões, dada à agressividade por parte do grupo opositor. A presença de Michel acarretou tumulto extra na área porque hoje é Dia do Trabalhador e as pessoas estão indignadas com as perdas de direitos trabalhistas impostas pelo Governo Federal, atribuindo a Temer a maior culpa desse processo massacrante contra a classe trabalhadora.
O veículo oficial da presidência chegou a ser atingido por objetos e violentos chutes desferidos por populares, que bradavam frases revoltosas à presença do presidente. Isso trouxe certa instabilidade ao trabalho dos bombeiros e à própria segurança da comitiva, que aconselharam a assessoria de Temer a “sair com o presidente dali”.
Minutos após o desembarque, Temer concedeu rápida entrevista a jornalistas no local, interrompida pelo clamor crescente da manifestação. Não pôde sequer detalhar quais providências seriam ultimadas pelo governo para resolver a situação dos desabrigados pelo incêndio, posto que o prédio pertence à União, antiga sede do INSS e da Polícia Federal. Apenas informou parte do que o governo pode fazer para amparar as famílias.
Não fosse a comitiva de segurança, o presidente não teria conseguido sair, podendo ser vítima inclusive de linchamento popular, circunstância não descartada. Diante da situação caótica, perigosa, assessores diretos blindaram o presidente e o escudaram com uma pasta de couro, a fim de evitar que fosse atingido por objetos variados. Dessa forma, fortemente escoltado, ele conseguiu embarcar novamente na viatura presidencial. A assessoria do presidente disse ter ficado surpresa com o sucedido.
Segundo a Polícia e os bombeiros, essa manifestação realmente poderia ter evoluído para algo bem pior, acaso o presidente insistisse em permanecer ali. A visita de Temer também causou paralisação nos trabalhos para tentar localizar possíveis sobreviventes. Extraoficialmente, sabe-se que não havia programação de Temer para visitar o local do incêndio. E com essa “recepção calorosa” que recebeu, o certo é que não volte nunca mais.