“Meus membros inferiores doem muito; um serrote os cortou. Sofri horrores em público, ninguém me defendeu.E veio, enfim, o tempo de morrer…”

Quem sempre vê, omisso, condutores de Hitler submetendo equinos/bovinos em sessões de chicote impiedoso em público, desferindo seguidos golpes criminosos nos inocentes seres sob seu regime de cruel tutor, é cúmplice direto desse crime hediondo. Somente "sentir dó," como dizem, é pouco... Omitir-se de socorrer esses indefesos filhos de Deus é grotesco gesto de descompromisso divino e com tudo que os equinos/bovinos sofrem desde o pôr do sol: peso excessivo, chicote no lombo, sede, fome, sol, frio... O pior vem depois, momento em que é findo o limite físico de serviços impostos nos nobres seres idosos: os condutores vendem os pobrezinhos por reles cifrões. Nesses frigoríficos, os equinos perecem de modo lento, destituídos dos pés por preciso serrote elétrico. Motivo desse gesto hediondo: expurgo do odor equino por meio de suor dolorido...

No histórico desse mundo insensível, os equinos (e outros bichos) têm sido objetos de ódio sedento dos Hitler(s) dos novos e velhos tempos. Retrocesso notório do que muitos insistem  ser “tempos evoluídos”. É  controverso emitir permissões de cunho visivelmente perverso.

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Houve um tempo em que redigi  um sem número de textos sobre o cruel destino que número expressivo de condutores de equinos/bovinos – exímios mosqueteiros de chicote impiedoso e outros instrumentos de dor – impõem impunemente sobre os inocentes seres que suprem seus odiosos ciclos terrestres. Os pobrezinhos respondem inclusive pelo sustento dos filhos que esses condutores concebem em efeito dominó. Proles, por vezes, de idêntico porte inocente, sem nenhum entendimento dos Hitler(s) que fingem ser bom genitores.

Meu primeiro texto, “Morte de um burro”, mostrou o intenso sofrimento vivido por um burrinho esquelético, que, depois de longo tempo de serviço sob sol e frio, fome e sede, sob golpes e golpes de chicotes com prego, pereceu doente {e sozinho}, sem socorro, dentro de um lote ermo no núcleo periférico do município. Ninguém se importou em vê-lo sequer moribundo…

O corpo esquelético do dito burrinho só se tornou objeto incômodo entre os vizinhos desse núcleo somente no eclodir do fétido odor de morte proveniente do referido lote; sepulcro forçoso que o criminoso condutor o relegou insensivelmente…

Nesse texto, contei sobre o que sucede com os nobres equinos depois do tétrico e impreciso período de serviço cruel, momento em que, idosos, perdem todo o vigor físico. É o momento em que os condutores simplesmente os vendem por míseros cifrões e sem o mínimo remorso, substituindo-os por equinos novos.

Nos frigoríficos, os indefesos equinos velhos sofrem sessões bem piores do que os rotineiros chicotes ferinos desferidos por tempo ininterrupto pelos frios condutores: primeiro, inseridos num corredor estreito, perdem os pés por meio de veloz serrote elétrico, sofrendo dores terríveis. Perecem muito tempo depois, tendo o corpo 100% seco, sem nenhum líquido…

O objetivo desse método monstruoso – bem nos moldes do monstro Hitler – é promover seguro expurgo do odor equino; procedimento imperioso no sucesso do consumo de quitutes equinos diversos.

Em síntese, por séculos e séculos o mundo tem convivido com esse gênero de serviços que submete injusto sofrimento cruel em equinos e bovinos. É preciso extinguir de vez esse vergonhoso processo criminoso imposto pelo monstro-homem!

FIM

*Texto acima sem a VOGAL “A”. Minha homenagem aos quadrúpedes que são vítimas diárias dos carrascos do chicote.

Autor: João Carlos de Queiroz, jornalista Mtb 381.18-MT

 

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