TEXTO SEM “A” – Site – Provou-se no último domingo que o futebol é mesmo um esporte imprevisível, pois o primeiro jogo do seletivo time de Tite decepcionou feio no torneio futebolístico que envolve o mundo inteiro, evento que convergiu os olhos de torcedores distintos.
O ritmo do esnobe time tupiniquim – detentor de rótulo prévio dos possíveis vitoriosos desse ético encontro de guerreiros – foi imbróglio “perdido”, entristecedor. Quedou milhões de torcedores, inclusive o próprio Tite, técnico que selecionou, de modo criterioso, todos os componentes do grupo.
Houve dueto idêntico em todos os minutos do sonolento confronto de empurrões e tombos, com perseguições visíveis. Viu-se pouco futebol. Foi rompido o elo consecutivo de tentos vitoriosos nos treinos do time. Nesse período, o grupo de Tite – cônscio de ser invencível – promoveu gols consecutivos. Porém, no domingo, isentou-se por completo do jogo, e levou um gol súbito. Momento em que troféu de ouro – prêmio do vencedor – ressurgiu como símbolo longínquo de todo esforço coletivo de meses; reduziu, inclusive, o eco de foguetes dos torcedores. “Que começo triste!” – comentou um deles.
Vimos no domingo o oposto de tudo que pôde ser previsto com justo otimismo suspeito, procedimento digno de Tomé, discípulo de Jesus. Isso sucedeu mesmo no efetivo registro de dribles surpreendentes e perfeitos em momentos céleres.
O time do reconhecido Tite estreou tímido e quieto, bem medroso. Tipo um guri que levou pito grosseiro do genitor. Desempenho 100% medíocre. Envergonhou o símbolo multicolorido de troféus que logrou merecer em tempos idos, e que sempre exibe como instrumento de posse, domínio próximo.
TORCEDORES – No Porto de peixes, ex-gueto fétido do imponente município/sede, miolo do território por onde Rondon peregrinou perseguindo índios {metrópole de desenvolvimento progressivo}, o “estouro torcedor” do time tupiniquim ocorreu no período vespertino de um domingo frio. Movimentou fortemente o comércio etílico e de comes deliciosos no entorno do resistente rio poluído, que em breve pode inexistir.
O velho Porto, centro de negócios rudes dos primórdios do município, foi enriquecido com bom folclore histórico. Soergueu-se de vez desde que um projeto turístico se consolidou por meio de ex-gestor público empreendedor, conhecido prefeito de posses.
O mesmo Mendes que reconstruiu o Porto hoje fixou olhos cobiçosos no governo do território, nome que cresce em regime vertiginoso no pleito eleitoreiro e tem seguidores confessos. Pedro, o ex-juiz em exercício no trono Executivo que se cuide!
Resumindo: o Porto é polo festeiro do município, constituindo-se em frevo esportivo intermitente. Reúne foliões turísticos em eventos diversos nos 12 meses. Tudo é motivo de brindes efusivos!
E no decorrer desse jogo de desfecho pífio do último domingo, o entorno do destruído gueto (Porto) virou púlpito móvel de torcedores eufóricos. Corrente que deslizou leve, efervescente, e conseguiu impor uniforme de sublime sentimento feliz. Teve um bom reforço etílico, lógico. O emprego desse recurso serviu de conforto médio. Houve exceções de repúdio: nem sempre o gole de uísque, chope ou vinho é recurso imprescindível no eclodir de brindes de torcedores genuínos…
Enfim, quem torceu pelo grupo verde-tupiniquim, com bilhões de televisores exibindo erros insistentes, cujo juiz se fez de cego, sentiu-se fortemente desiludido com o desempenho fosco do “nosso” time. O mesmo que insiste em ser vitorioso precocemente em tudo, como se fosse invencível. Porém, ficou óbvio que o prepotente time imprimiu desgosto medonho num torneio composto por homens que dizem deter perfeito requinte técnico, perseguidores de bons objetivos.
O que o mundo esportivo exibiu no domingo frustrou o direito de supor que o troféu é nosso!
FIM
Créditos do texto acima, SEM A LETRA A: João Carlos de Queiroz