“Proteger os animais, e defendê-los principalmente da sanha covarde de alguns humanos, não é uma tarefa comum, mas uma missão com características quase divinas”, disse Maria das Dores, presidente da Associação de Voz Animal (AVA), instituição sediada em Cuiabá.
“Denúncias de maus-tratos é algo constante. Todos os dias recebemos pedidos de ajuda, denúncias de maus-tratos. Difícil essa situação: não conseguimos socorrer todas as queixas. O Poder Público também não consegue, é muito deficiente”.
Maria das Dores salienta que hoje existe uma série de leis que amplia oficialmente o amparo à causa animal. Falta apenas que essas leis saiam do papel e se transformem em instrumento efetivo de proteção animal.
“Hoje dispomos de leis, e é imperioso que as pessoas denunciem os crimes de maus-tratos presenciados e o Poder Público vá atrás execute as leis em vigor. Isso já será um bom começo para pontuarmos avanços na causa animal”.
Ela também ponderou que o Poder Legislativo já vê essa causa como um módulo social importante, e tem auxiliado os protetores com a doação de ração, atendimento veterinário, etc. O deputado e 1o, secretário da ALMT, Max Russel, foi citado como apoiador pontual.
Outro ponto salientado pela protetora é em relação à forma como as pessoas devem agir ao adotar um animal. Segundo Maria das Dores, animais não são brinquedos de crianças, conceito usual de várias pessoas que querem filhotes de cães e gatos.
“São seres vivos, passíveis de atenção carinhosa e de cuidados gerais, inclusive na área veterinária. É preciso ter consciência de que está adotando um membro para sua família, cuja adoção implica em despesas e cuidados necessários. As pessoas têm a guarda responsável, pois o animal não são delas. Se não cuidarem bem, você pode ser denunciado por maus-tratos”.
João Carlos de Queiroz, jornalista Mtb 381.18-MT