Lula virou o “Judas” da corrupção nacional

Calvário do ex-presidente teve início quando ele dizia não "saber de nada" e a roubalheira dos seus aliados grassava nos quatro cantos da Nação...

Redação site – Talvez a poucos dias de ser privado da liberdade que ainda usufrui, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem motivos para comemorar a Páscoa: com o Ministério Público Federal no seu pé, e sob a artilharia de fogo cruzado da oposição partidária, seus dias de monarca político popular estão fadados à extinção. Mesmo porque sua antiga popularidade também anda em baixa, e quase ruiu em estados em que se julgava imbatível, a exemplo do Nordeste. Em vários cidades, ele foi obrigado a bater em retirada estratégica, sob torrencial revoltoso de vaias. O PT deixou de ser a glória de promessa de dias melhores.

A prisão de Lula, hoje à mercê do Supremo Tribunal Federal, foi postergada por conta de decisão plenária recente do STF, para julgamento do habeas corpus solicitado pela defesa. Outro julgamento está previsto para acontecer no início de abril. Mais uma trégua nessa corrida tresloucada dos seus advogados contra o tempo, após a condenação do ex-presidente em segunda instância {dispositivo constitucional que determina prisão imediata dos réus}. Mas Lula não é nenhum ladrão de galinhas, é ex-dirigente de uma Pátria que se tornou centro de deslavadas injustiças. Prendê-lo agora seria complexo mesmo para quem tem o poder de tranca nas mãos.

E enquanto esse imbróglio prossegue, o povo, estarrecido, não entende mais nada. Não que exista unanimidade pela prisão do ex-presidente, que ainda conta com bons apoios aqui e acolá, inclusive à parte do recinto de domínio do PT que fundou. Sobre seus ombros, é fato, pesa muitas acusações corruptas, incrivelmente aliviadas pelo restolho de carisma de quem comandou metalúrgicos em eventos grevistas, durante anos.

“JUDAS DA VEZ” – O falatório de Zé Povo diverge drasticamente em relação à Justiça que a prisão de Lula significa e a continuidade de sua liberdade. Os defensores dizem que Lula é, hoje, “o Judas da vez”, e não pode ser linchado moralmente e judicialmente só porque tem dezenas de milhões de seguidores. Declaração pra lá de otimista, convenhamos, pois mais dezenas de milhões condenam Lula. Os aliados faltam dizer que Lula e Jesus Cristo têm semelhanças comuns, pois a crucificação injusta agora está centrada na figura de cordeiro do petista.

Os partidários ainda vão mais além: apontam franco desespero das hastes judiciais em trancafiar Lula e implementar barreiras eleitorais que possam inviabilizar sua candidatura a presidente. Apostam que ele seria facilmente eleito. “Daí resolveram contê-lo”, concluem. Mais ou menos algo como acorrentar um touro para que ele não patrole todo mundo, 100% seguro de ser imbatível.

É outra afirmação fantasiosa de sonhadores petistas e respectivos seguidores, visivelmente condescendente à delicada situação do ex-presidente. Afinal, há outros candidatos ao Planalto que empatam com essa utópica “liderança de Lula”, apesar de registros animadores contabilizados lá atrás a favor do fundador do PT, avaliação de alguns institutos de pesquisa. Porém, no transcorrer dos meses, e com o agravamento das denúncias de corrupção, muitas opiniões de defesa ferrenha sofreram mutações, tornando-se até peças acusatórias oficiais. “Companheiros” foram aos tribunais para impactar juízes com declarações da sanha corrupta instalada em setores distintos do antigo governo petista.

Ao que dá a entender, essa forçosa pretensão de inocência de Lula precisa prevalecer contra tudo que ele teria perpetrado quando no comando do País. Não vale, em absoluto, nenhuma decisão contrária por parte dos órgãos judiciários – insiste a defesa. Nada a ver com as realidades enfrentadas pelos criminosos comuns do território, trancafiados de forma relâmpago no ato de algum ilícito.

O entendimento dos seguidores de Lula, de há muito em escala falimentar, é que ele precisa voltar a ser o maioral político do País. Só ele, o ex-presidente, não sabe que sua figura de governante carismático não existe mais. Hoje, o Brasil e o mundo só conseguem vê-lo numa condição deplorável: a de futuro presidiário. Hora de pagar pelos crimes cometidos, em face das sucessivas apunhaladas nas costas do povo brasileiro. Exatamente como Judas Iscariotes fez e foi penalizado após trair Jesus.

Editor-Geral 

 

 

 

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