A festa “das Neves”, no entorno da Catedral de Nossa Senhora das Neves, padroeira de João Pessoa (PB), marcou hoje, domingo (05), os 433 anos da capital paraibana. A cidade, que nasceu de costas para o oceano, nas margens do rio Sanhauá, cresceu em direção ao Atlântico e se tornou um dos principais destinos de sol e mar do Nordeste. João Pessoa alia atrativos naturais com mais de quatro séculos de história. A cidade é um celeiro criativo manifestado, principalmente, na culinária e na diversidade do artesanato encontrado em feirinhas típicas e mercados especializados.
João Pessoa é surpreendente tanto pelo verão que dura o ano todo como por seus 25 km de orla adornada de coqueiros. As praias de Tambaú, Manaíra e Bessa concentram os principais hotéis, bares e restaurantes. Na praia do Cabo Branco fica a Ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas. No alto da falésia fica o Farol do Cabo Branco. A torre triangular lembra uma planta de sisal. Tem ainda a Estação Cabo Branco, um moderno complexo de ciência, cultura e lazer erguido entre a Mata Atlântica e o mar. As piscinas naturais de Picãozinho, visitadas na maré baixa, atraem muitos turistas para o banho de mar em uma área de preservação de corais na costa de Tambaú. O pôr do sol na praia do Jacaré é uma das atrações imperdíveis para quem visita a capital paraibana.
Outras belezas e encantos se espalham pelo centro histórico e surpreendem os visitantes com casarões antigos, monumentos históricos e igrejas centenárias. O Centro Cultural São Francisco, construído em 1589, é considerado um dos maiores complexos barrocos do Brasil com igreja, capelas, claustro e convento. Seguindo a sinalização turística, o visitante poderá fazer os roteiros da ‘Cidade Alta’ e ‘Cidade Baixa’, contemplando atrativos culturais e arquitetônicos, como o Hotel Globo; a Casa da Pólvora e dos Armamentos; e naturais, como o Rio Sanhauá, afluente do rio Paraíba. Completam o roteiro, a Estação Ferroviária, a Praça João Pessoa, o Pavilhão do Chá e o Teatro Santa Roza, de 1889.
O verde é outra característica marcante de João Pessoa, uma das capitais mais arborizadas do Brasil e cheia de parques urbanos, jardins e reservas naturais. No Parque Sólon de Lucena, cartão postal da cidade com 12 praças, é possível contemplar a obra ‘A Pedra do Reino’ monumento em homenagem ao paraibano Ariano Suassuna, um dos expoentes da dramaturgia e literatura brasileira. Além da lagoa no centro do parque, a fonte luminosa encanta os turistas com um espetáculo sincronizado de luzes, sons e cores.
4 SÉCULOS, 5 NOMES – A “Cidade Real de Nossa Senhora das Neves”, de 1585, mudou para “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”, em 1588, em homenagem ao rei Filipe II que acumulava os tronos da Espanha e Portugal. Com a invasão holandesa, em 1634, a cidade foi batizada como Fredrikstad (Cidade de Frederico), príncipe de Orange. Depois da expulsão dos holandeses do Nordeste, em 1654, a capital ganhou o nome de “Parahyba do Norte”. O atual nome é uma homenagem ao então governador paraibano, João Pessoa, assassinado em 1930.
Piscina de Picãozinho; artesanato paraibano; fachada da histórica Igreja de São Francisco. Créditos: Cacio Murilo/Banco de Imagens MTur