Jesus Cristo veio com o propósito sublime de redimir os homens. Porém, é preciso refletir se nós, seres inferiores, merecemos todo o esforço Dele, Filho do Senhor Supremo, em prol de nossos infinitos deslizes; muitos cometidos em segredo introspectivo, porém consciente.
Desde um tempo longínquo, o homem comete erros medonhos, muitos sob refúgio de pretensos perdões futuros, concedidos por deuses distintos. Opositor, o homem renegou Deus e venerou postes, bovinos, leões e símbolos monstrengos em templos de luxo. Preferiu, cego de fé, perseguir Jesus, impondo-lhe destino de intenso sofrimento e consequente morte; crucificou-o sem o menor sentimento piedoso.
É imperioso que os homens pensem, hoje e sempre, sobre tudo isso que Jesus sofreu, e o porquê de ter vindo conhecê-los, convivendo e compreendendo hediondos perfis. Pois perdoou todos com quem encontrou, sempre feliz e positivo, precocemente ciente do seu inglório destino de cordeiro.
E é imperioso que respeitem, sobretudo, quem o concebeu, virgem de luz, mulher que impôs expressivo poder sereno nos tempos em que Jesus, esteve conosco; tempos em que testemunhou Seu Filho Pródigo conduzir o bem nesse mundo sórdido, denegrido de nobres sentimentos; rol de longos percursos, no lombo de jumentinhos…
Jesus foi bom político, pois Nos concedeu exemplos preciosos; sobrepôs-se, inclusive, no seu tempo terrestre, com o eclodir prepotente do império insensível de reis, príncipes e súditos poderosos; vingou, porém, sobre esse poder, Seu esplendor respeitoso, virtude que inebriou orgulhosos e mesmo descrentes…
Pelo muito que fez, Cristo mereceu, no mínimo,que os pérfidos homens desse tempo – mesmo seguidores próximos – o protegessem do sinistro e injusto fim. O inverso disso sucedeu, infelizmente, e o físico do Cristo inocente sucumbiu num crepúsculo cinzento, sob trovões revoltosos e festejos de justiceiros inescrupulosos; homens que Ele defendeu e depois perdoou, num último suspiro…
E o mundo revive, hoje, o privilégio de poder ter convivido com Jesus e Seu retorno impreciso, em futuro incerto, pois decepções impedem que Ele regresse. O próprio Deus se decepcionou…
É, pelo visto, o fim dos tempos, de um mundo corroído pelo persistente desejo de seguir por trechos insossos, destituídos de luz, único prognóstico concreto… O Éden interior dos homens se perdeu; isolou-se num desértico inferno, e o Poder terrestre tem sido conduzido por Lúcifer.
FIM
Autoria: João Carlos de Queiroz, mineiro de Montes Claros, jornalista profissional (Mtb 381.18-MT)