Por João Carlos de Queiroz – História política não se constrói de um dia para o outro, é preciso persistência e, principalmente, muita credibilidade, idoneidade. O homem que almejar integrar algum posto eletivo não pode ter rastros duvidosos atrás de si, pois o crivo justiceiro do povo está sempre atento. E vai cobrar! Nesses aspectos, o ex-prefeito de Várzea Grande, ex-governador de Mato Grosso e ex-senador da República, Jayme Veríssimo de Campos, “nada de braçadas”, segundo velho jargão popular.
O esposo da prefeita Lucimar Sacre de Campos sabe disso, naturalmente, mas tem relutado em dizer que sairá para o embate eleitoral. Jayme é elemento surpresa constante, afirmam quantos com ele convivem. Tornou-se mestre em desconversar quando o assunto candidatura é colocado diante dele de forma mais incisiva. E isso tem sucedido frequentemente.
No geral, o povo é a mola propulsora de sua possível candidatura a senador ou mesmo a governador. Mas é uma hipótese que, conforme eu disse recentemente, está quase descartada: Jayme e Pedro Taques são amigos de longa data, e é presumível que a conhecida ética do várzea-grandense prevaleça a qualquer projeto ambicioso, na política. Jayme sempre agiu dessa forma, e não seria agora que mudaria tal postura, apesar das pressões internas dos partidários e outros simpatizantes.
Enfim… Estudiosos em política local e estadual afirmam que Jayme é nome imbatível em qualquer disputa eleitoral que encetar. “Se resolver sair, nem precisa fazer campanha, vence fácil”, alardeiam. A facilidade com que a principal liderança do DEM em Mato Grosso sempre levou suas campanhas à vitória é exemplo permanente disso. São prognósticos alentadores para impactar o mais sistemático dos políticos. A típica tentação do diabo. Porém, com Jayme, a coisa fica ainda mais difícil. Ele é do tipo que considera certas decisões uma punhalada nas costas dos amigos. E não desejaria ver o governador Pedro Taques ser combalido em função disso, enquanto foguetes pipocariam seu retorno ao Palácio Paiaguás.
O problema é que o tempo está correndo e os prazos do TSE {para eventuais decisões de candidatura} se afunilam igualmente rápidos. “Jayme precisa decidir sua vida”, frase comumente ouvida em vários polos de Mato Grosso, principalmente na Baixada Cuiabana, onde seu nome é referência respeitosa e de resolutivo trabalho à frente dos governos municipal e estadual. Seu passado é sempre lembrado e elogiado.
Melhor então aguardar alguma novidade que venha ao encontro das expectativas dos eleitores e fãs incondicionais do jeito sincero que Jayme Campos sempre adotou no dia a dia, por vezes causando controvérsias intrigantes, em face da intensidade de suas expressões intempestivamente sinceras. Todas respaldadas nas verdades que acredita e tem praticado, é preciso reconhecer…
No mais, Pedro Taques, com este tão importante apoio amigo precoce, pode se considerar reeleito. O atual governador tem marchado tranquilo rumo à reeleição, pois inexiste concorrente de temeridade séria. Os nomes dos possíveis adversários de Taques, volta e meia postados na mídia, já têm veto antecipado da maioria dos eleitores. Muitos deles tachados de demagogos e figurinhas carimbadas de projetos administrativos pífios, até mesmo perseguidores.
“Ninguém quer pagar para ver novidades do tipo”. A opção mais plausível seria mesmo reeleger Taques, tem sido igualmente propagado nas rodas políticas de palpiteiros plantonistas. Os mesmos que hoje torcem para que Jayme acorde e decida ser nome coroado com algum mandato de peso.