A consolidação do projeto do VLT Cuiabano alcançou mais um avanço significativo nesta manhã, 17, em Brasília, com a integração das equipes técnicas capitaneada por André Almeida Morais, diretor do Departamento de Infraestrutura da Mobilidade Urbana da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, e coordenada pela Prefeitura de Cuiabá, representada por Janete Ely, economista e consultora técnica na área de infraestrutura de transporte e logística. A definição ocorreu após a apresentação do projeto pela equipe técnica e pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Defensor do modal mais moderno para a capital mato-grossense, o prefeito de Cuiabá cadastrou em 2023 o projeto funcional para sistemas de mobilidade urbana – uma reestruturação do projeto de implementação do VLT no Novo PAC do governo federal.
A reunião contou ainda com a participação de Alfredo Souza de Moraes Júnior, assessor da Secretaria Nacional de Mobilidade, Ricardo Caiado de Alvarenga, coordenador geral de fomento à mobilidade urbana, e André Almeida Morais, diretor de infraestrutura e mobilidade urbana. Os técnicos destacaram que o modal VLT apresenta, de fato, a melhor possibilidade logística.
“É da vontade do governo federal finalizar a obra do VLT, uma vez que foi iniciada com recursos federais”, afirmou André.
Já o diretor Ricardo Caiado de Alvarenga, que foi membro, em 2019, da Comissão de Mobilidade Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional, conhece o projeto do VLT, e já esteve na capital mato-grossense. Na época, o então diretor do Departamento de Projetos de Mobilidade e Serviços Urbanos visitou Cuiabá para entender o traçado do modal e sentiu a falta de vontade política dos gestores estaduais para retomar a obra, paralisada em 2014.
“Coordenamos as equipes e alcançamos um avanço significativo ao definir os pontos focais, responsáveis por facilitar a comunicação e agilizar o acesso, evitando perda de tempo devido a desencontros. Isso é crucial para otimizar o processo burocrático, proporcionando uma maior eficiência. A reunião foi muito produtiva, e a equipe permaneceu no Ministério em continuidade aos trabalhos operacionais”, declarou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro.
Graças ao projeto avançado e à instalação de uma comissão de implantação do VLT, a Prefeitura de Cuiabá atua na elaboração de um inventário de todas as obras realizadas para o VLT, o que irá garantir a atualização do status dessas obras.
A defesa da equipe técnica é a de que o projeto, o atual modelo, é benéfico, já que o Município já possui as obras de maior complexidade, como viadutos e trincheiras, além de reafirmar a integridade dos trens, que foi mantida independentemente dos projetos urbanísticos. A maior parte do investimento já efetuado fica inviabilizado para aproveitamento na implementação de outra tecnologia, que não o VLT, conforme diversos estudos e análises, especialmente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal.
“É fundamental o entendimento de que a cidade avança, o Estado na mesma proporção. E os modais que podem ser expandidos representam a alternativa mais eficiente ou em um prazo de dez ou 15 anos, novamente, enfrentaremos o mesmo problema com a mobilidade urbana, explica o secretário adjunto do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano – IPDU, Márcio Puga.
A secretária de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Luciana Zamproni, e a economista Janete Ely, consultora técnica na área de infraestrutura de transporte e logística, e o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, também participaram da apresentação nesta manhã.