Redação Site – Torturado impiedosamente por dias seguidos e assassinado de forma também violenta. Esse foi o destino de Anthony Avalos, dez anos. Outra criança imolada de forma cruel por carrascos familiares. Todos os indícios apontam para o casal “responsável” pelo garoto. Por enquanto, a polícia de Los Angeles ainda investiga o caso, a fim de reunir mais dados. Mas os indícios já coletados (provas técnicas e testemunhais) indicam que Anthony sofreu tortura prolongada antes de ser morto pela mãe e seu padrasto, os principais suspeitos.
O caso – Quando os policiais chegaram à casa do garoto para cumprir atendimento de uma chamada de emergência, feita por Heather Barron, já encontraram a criança desacordada. A alegação de Barron é que Anthony sofreu uma queda, fator prontamente desqualificado pelos peritos policiais: todo o corpo do menino apresentava marcas roxas, resultantes de fortes pancadas, além de queimaduras provocadas por cigarro.
A quantidade de sinais de espancamento e queimaduras assinaladas no corpo indicou que o garoto vinha sofrendo sessões contínuas de tortura dentro do próprio lar há semanas. Na tentativa de salvar a criança, os policiais agiram rápido na sua remoção e internação. Porém, em face da violência do último espancamento, Anthony não resistiu, e faleceu minutos após dar entrada na unidade hospitalar.
Mãe e padrasto do menino evidenciaram claro nervosismo com a presença da polícia, que acompanhou os paramédicos. O casal tentou, inclusive, descartar a necessidade de agentes da lei no local. A prisão dos dois ocorreu no ato da comprovação dos sinais de tortura
As suspeitas da polícia sobre a mãe e o padrasto se tornaram claras a partir do instante em que ambos mentiram ao dizer que o menino “desmaiou ao sofrer uma queda”, versão prontamente derrubada pela perícia médica ao analisar as marcas inequívocas de torturas recente e antiga presentes no corpo da criança.
Outro detalhe que reforçou as suspeitas: o padrasto e a mãe não acionaram diretamente a polícia, mas somente a emergência hospitalar. Os atendentes da emergência desconfiaram da insistência com que eles tentaram descartar a necessidade da presença da polícia e então acionaram o órgão policial. Segundo os policiais que estiveram no local, é outro indício suspeito de envolvimento criminoso do casal nessa ocorrência.
Uma vez que foi também confirmado que o garoto havia anunciado aos familiares ter preferência sexual por meninos, a polícia não teve dúvidas em deter o casal para maiores esclarecimentos. Conforme o diretor do Departamento de Serviços para Crianças e Famílias da Cidade norte-americana, Brandon Nichols, tudo leva a crer mesmo que esse crime está fundamentado num típico caso de homofobia, pelo fato de Anthony ter dito à família (mãe e padrasto) não gostar de meninas, só de garotos.