GERAÇÃO IDEALISTA: Bianca Xavier, presidente do Instituto Xavier, diz que exemplo paterno representou motivação constante para seu ingresso na Odontologia

Bianca Xavier e sua irmã mais nova, Gabriela, cursam atualmente Odontologia na Universidade de Várzea Grande. Ambas dizem ser gratificante a escolha pelo curso, pois já sonhavam em ingressar na área desde crianças. O pai, o então estudante de Odontologia Edemir Xavier, de certo modo protagonizou imagem de ídolo ao defender com tanta tenacidade os projetos sociais no setor. Nascia o Instituto Xavier...

Redação Site – Ser odontólogo não significa apenas portar um diploma de dentista. Não significa cursar faculdade e dali sair oficialmente habilitado para desempenhar a profissão. Significa, principalmente, ter em mente princípios idealistas de bem-servir ao próximo, com enfoque nas comunidades carentes.

Eis aí uma das lições paternas que a presidente do Instituto Xavier, Bianca Xavier, acatou ao pé da letra. Ela e a maninha caçula, Gabriela, também universitária em Odontologia na mesma instituição (Universidade de Várzea Grande), sempre foram testemunhas do trabalho espontâneo e caridoso desenvolvido pelo pai odontólogo, Edemir Xavier, atualmente integrante do quadro parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá.

O que encanta as meninas é o lado desprendido do pai em assistir o próximo de modo ininterrupto, sem pensar jamais em lucros pessoais. “O principal lucro do seu trabalho está na realização que sente em ajudar as pessoas”, interpreta Bianca. E esse é um dos eixos motrizes da administração do Instituto Xavier, entidade fundada por Dr. Xavier e que tem atendido gratuitamente várias comunidades carentes de Cuiabá e mesmo das cercanias, Baixada Cuiabana.

Bianca com o pai, Dr. Xavier

“Meu pai detém raízes humildes, pois veio lá da roça, Bauxi, município de Rosário Oeste. Detalhe: nunca perdeu esse lado original, mantendo postura amiga e prestativa com todos. Lá, em Bauxi, ele cultivava bananas para vender na Feira do Porto, e assim custeou seus estudos na área odontológica. E é costume seu estar por lá nos finais de semana, cultivando hortas”.

O Instituto Xavier, explica Bianca, mais conhecido pela atuação do Odontomóvel, ônibus equipado com dois consultórios dentários, foi idealizado pelo genitor e concebido a partir daí. “Tornou-se, assim, uma realidade de apoio àquelas famílias que não dispõem de meios de bancar assistência dentária particular. O projeto já atendeu quase mil pessoas, entre crianças, adultos e idosos”.

Bianca salientou que é mais prática no tocante à concepção de qualquer projeto de vida, mas isso não significa, necessariamente, frieza no desempenho de alguma empreitada. “Primeiro, precisamos ser objetivos, manter o foco nítido de atuação, praticidade moldada em transparência e determinação, passos inegáveis de bons resultados. Em resumo, pensar bem nos prós e contras, como se diz, ponderando cada detalhe. Aí, sim, passamos à segunda face, à concepção do projeto mentalizado”.

Ela define nesse ângulo seu desempenho na qualidade de presidente do Instituto Xavier, auxiliada por uma excelente equipe de colaboradores, faz questão de destacar. “Temos que nos pautar por ações que resultem naquilo que desejamos implementar. Para isto, faz-se necessário: a) planejar criteriosamente os avanços presentes e futuros: b) e buscar meios de viabilizar eventuais entraves que dificultem a continuidade do projeto. Sempre conscientes de que, sozinhos, não avançaremos ao encontro das metas propostas: o trabalho auxiliar das equipes é importantíssimo. O Instituto Xavier, costumo dizer, “é um sonho formatado pelo meu pai para ser imortal”. Basta acreditarmos nisso e trabalhar com afinco”.

A caçula do odontólogo Edemir Xavier, Gabriela: também firme para se tornar profissional na área odontológica, curso na UNIVAG

Também a maninha Gabriela, apaixonada por Odontologia, diz que o pensar no amanhã é projeção concreta de realizações humanas e pessoais. “A área odontológica cativa bastante. Pesou, lógico, o fato de meu pai ser militante idealista, agregando amor às atividades diárias. Nem todos agem assim, infelizmente. Creio residir no nosso sangue parte disso, e é um orgulho indescritível saber que estamos começando a trilhar uma trajetória tão sensível de apoio aos nossos semelhantes”.

 

 

 

 

 

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