FAB comemora Dia da Aviação de Asas Rotativas

Confira uma reportagem especial e o FABCAST sobre o Dia da Aviação de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira
Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos
Edição: Agência Força Aérea – Revisão: Capitão Alcoforado

H-50 Esquilo, H-60 Black Hawk, H-36 Caracal, VH-35 e VH-36 Caracal. Essas são as aeronaves que compõem a frota de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira (FAB). No dia 3 de fevereiro, comemora-se o Dia da Aviação de Asas Rotativas devido ao fato de, no ano de 1964, ter sido realizado o primeiro resgate em combate pela FAB, no qual militares cumpriam uma missão de paz pela Organização das Nações Unidas (ONU), na República do Congo:  A bordo do Helicóptero H-19 os então Tenentes Aviadores Ércio Braga e Milton Naranjo, bem como os sargentos João Martins Capela Junior e Wilibaldo Moreira Santos resgataram tripulantes e missionários prestes a serem capturados por rebeldes fortemente armados.

Desde então, a Aviação de Asas Rotativas se faz presente na história da FAB, auxiliando na missão de defender, controlar e integrar, unindo esforços para a construção da Força Aérea do futuro. Para isso, em 2020 as tripulações do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8° GAV) – Esquadrão Falcão e do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV) – Esquadrão Puma tornaram-se operacionais no reabastecimento em voo de helicópteros e o Brasil se torna, assim, o primeiro país da América do Sul com tal capacidade.

Atualmente, a FAB conta com oito Esquadrões de Asas Rotativas em todo o Brasil:

Esquadrão Falcão

Localizado na Base Aérea de Natal (BANT), O 1º/8º GAV atua a fim de cumprir missões de Busca e Resgate, CSAR, Transporte Aéreo Logístico e Evacuação Aeromédica. Dessa forma, em 2022, o Esquadrão foi responsável por mais de 50% das evacuações aeromédicas em navios realizados na Costa brasileira. O 1º/8º GAV atuou, sobremaneira, em missões em apoio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizando o transporte de urnas nas eleições, bem como o transporte de autoridades.

“Nos últimos anos participamos das operações Verde Brasil e apoiamos o Ministério da Saúde com transporte de médicos e vacinas para as tribos Yanomamis. Por fim o Esquadrão, todo ano, participa da Operação TÁPIO e, ano passado, formou seus primeiros pilotos e tripulantes com capacidade de reabastecimento aéreo”, explica o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Almeida Candido Da Silva.

Esquadrão Poti 

Com a missão de garantir a soberania brasileira, O 2°/8° GAV está situado em Porto Velho (RO) e atua ao longo da vasta fronteira terrestre, dotado de uma máquina vocacionada para o emprego armado, com elevada capacidade de sobrevivência em combate, grande letalidade e precisão, bem como com distinta furtividade ao se operar óculos de visão noturna (OVN – equipamento de intensificação de luz). “Atualmente, a Unidade Aérea encontra-se em um processo de transição para a aeronave H-60 Black Hawk, bem como de adaptação da sua missão, sendo delegado o cumprimento das Ações de Força Aérea de Busca e Salvamento, Busca e Salvamento em Combate e Escolta”, ressalta o Comandante do Esquadrão Poti, Tenente-Coronel Aviador Leonardo Bezerra Salim.

Esquadrão Puma

O 3º/8º GAV – Esquadrão Puma, localizado em Santa Cruz (RJ), opera a Aeronave H-36 Caracal e, para o Esquadrão, o Dia da Aviação de Asas Rotativas é uma boa oportunidade para se refletir sobre o papel da aviação de asas rotativas e sobre a sua importância para nossa sociedade. “A FAB tomou uma decisão acertada ao investir nos novos helicópteros H-36 Caracal, pois os conflitos recentes têm mostrado o papel fundamental desse tipo de vetor aéreo, pela sua capacidade furtiva aos mais modernos sistemas de detecção. Além disso, o Caracal permitiu que o Brasil fosse o primeiro país da América Latina a ter a capacidade de reabastecimento em voo com helicópteros, possibilitando a operação em locais mais remotos”, destaca o então Comandante do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, Tenente-Coronel Aviador Bruno Cesar Guimarães de Oliveira.

Outro fator de grande relevância, é que os recursos investidos nas aeronaves operadas pelo Esquadrão Puma, frequentemente, são empregados em benefício da sociedade civil, mesmo em tempo de paz. Como exemplo, o 3º/8º GAV mantém, o ano todo, um helicóptero em alerta para buscas e resgates de aeronaves e embarcações em perigo e, além disso, realiza o apoio às vítimas de calamidades na Costa Verde e Região Serrana do Rio de Janeiro. Assim, “Ser fiel na paz ou na guerra é o que espera de nós nossa nação”, é o lema do Esquadrão.

Esquadrão Pantera 

O Esquadrão Pantera, sediado em Santa Maria (RS), realiza um grande escopo de missões. De acordo com o Comandante, Tenente-Coronel Aviador Rodrigo Alonso Fortes, devido à versatilidade da aeronave empregada, H-60 Black Hawk, o 5º/8º GAV ajuda o país nas mais diversas áreas de atuação, desde o transporte de vacinas para os mais inóspitos locais da Amazônia até a garantia de uma votação segura, proposta na entrega de urnas para os cidadãos residentes em locais ermos do Brasil. “Em 2022, cumprimos missões de Alerta SAR, a exemplo da missão de busca pelo FAB 1925, missões de apoio à segurança pública, de apoio e segurança ao translado da aeronave GRIPEN e, também, cumprimos missões de treinamento, como as manobras propostas pelo COMPREP, a fim de estarmos preparados para toda essa gama de engajamentos”, diz o Comandante que destacou ainda as mais de 1.200 horas e mais de 20 missões reais. “A despeito de qualquer que seja o cenário que nosso Brasil se encontre, há algo que jamais mudará e está posto em nosso hino: ‘Podes contar ó Brasil, o 5°/8° está pronto!”, concluiu.

Esquadrão Harpia

Sediada na Base Aérea de Manaus (BAMN), a Unidade Aérea emprega a aeronave H-60L Black Hawk nas ações de Busca e Salvamento, Busca e Salvamento em Combate, Evacuação Aeromédica, dentre outras.

Para estarem aptos a realizar tais ações de força aérea é necessário preparo e dedicação, por isso, realizam-se exercícios técnicos e operacionais, tais como: Manobra de Tiro Lateral, CSAR, TÁPIO, EXTEC NOE e Lançamento no Mar. De acordo com o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Michelson Abrahão de Assis, no ano de 2022, cumpriram-se 39 missões operacionais, das quais destacaram-se as Missões Gota, Eleições, Guardiões do Bioma e Ostium.

A Operação Gota 2022 assegurou a cobertura vacinal de populações localizadas em áreas de difícil acesso. O Esquadrão Harpia transportou os insumos e profissionais de saúde da SESAI e secretarias de saúde estaduais. Foram quase 300 comunidades e mais de 10 mil brasileiros atendidos. Durante a Operação Guardiões do Bioma, entre focos de incêndio e áreas de desmatamento, a participação do 7°/8° GAV possibilitou ações de inteligência, reconhecimento e diversas autuações de atividades ilícitas. O Esquadrão apoiou, também, os estados do Amazonas, Acre e Roraima, transportando tropas de segurança e defesa, mobilizando assim, 26 seções eleitorais, distribuídas entre 10 municípios.

O Esquadrão ainda realiza ações de Evacuação Aeromédica e Busca e Salvamento. “Em 2022, foram realizadas 6 evacuações de indígenas devido aos acidentes ofídicos ou condições médicas que infligiam risco iminente de morte. Seis vidas salvas! Além disso, houve o resgate do PT-MES: Cessna Caravan teve pane nos motores e realizou um pouso forçado a 150km de Santarém. Cinco vidas salvas!”, destacou o Tenente-Coronel Michelson.

Esquadrão Pelicano

O Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV), sediado na Base Aérea de Campo Grande (BACG), emprega as aeronaves SC – 105 Amazonas e H-60 Black Hawk. A Unidade Aérea tem como missão a manutenção do preparo técnico-profissional necessário e suficiente para realizar ações de Busca e Salvamento, Socorro em voo, Evacuação Aeromédica, dentre outras.

Com marcante atuação em todo o território nacional e no exterior, o Esquadrão Pelicano é a única Organização Militar das Forças Armadas cuja função precípua é a salvaguarda da vida humana. De acordo com o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Emanuel Patrício Beserra Garioli, a prontidão é o permanente estado de alerta em que as equipagens do Esquadrão mantêm diuturnamente ao longo desses 65 anos de operação, garantindo assim a confiabilidade do resgate a qualquer tempo e em qualquer lugar onde os Pelicanos forem chamados. “Para que outros possam viver… BUSCA!”, destacou.

Esquadrão Gavião

O 1°/11° Grupo de Aviação, sediado na BANT, é a Unidade Aérea da FAB responsável pelo treinamento, com a aeronave H-50 Esquilo, bem como a especialização operacional em asas rotativas dos pilotos advindos da Academia da Força Aérea (AFA), sendo assim, considerado o berço da Aviação de Asa Rotativas – o Ninho dos Gaviões.

3° Esquadrão do GTE

O Terceiro Esquadrão do Grupo de Transporte Especial (GTE-3), localizado em Brasília (DF), tem a missão precípua de transportar o Presidente da República. Segundo o Comandante do GTE-3, Major Aviador Paulo Vitor Teixeira Germano de Aguiar, atualmente tem-se as aeronaves EC-135 designado VH-35 com capacidade para até 4 passageiros – que é mais empregado em missões para pouso em helipontos elevados. E o EC-725, designado VH-36, com capacidade para até 10 passageiros. Ambos reforçam a versatilidade e agilidade da Força Aérea Brasileira no emprego de sua missão.

FABCAST

Confira, também, o FABCAST – o Podcast da Rádio Força Aérea – que traz entrevistas especiais com dois Comandantes de Esquadrões da Aviação de Asas Rotativas da FAB: o Tenente-Coronel Leonardo Bezerra Salim e o Tenente-Coronel Michelson Abrahão Assis.

Fotos: Agência Força Aérea 

 
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