“Não há nenhum empecilho em pilotar motos altas pelo fato de eu ser baixinha. Tanto que tenho apenas um 1,60 metro de altura, e conduzo normalmente todos os modelos. É uma questão simples, de aliar técnica de pilotagem com sincronia física”, disse, sorridente, a instrutora Kelly Amanda de Mello ao desembarcar na concessionária BMW de Cuiabá [Munique Motors] a bordo de uma 800 cilindradas da mesma marca.
Agilmente, Kelly conduziu a robusta BMW 800 para estacioná-la na ala interna da loja, numa demonstração tranquila de que força é mesmo um item totalmente dispensável. Motocicletas de grande envergadura – enfatizou – são igualmente fáceis de pilotar e manobrar.
Kelly enfatiza que também ignorava isso. Porém, a partir do instante em que começou a trabalhar na concessionária BMW, estreitando amizades com experientes motociclistas, ela entendeu que conduzir motos robustas e altas estava igualmente a seu alcance.
“A BMW possui um arsenal de modelos de envergadura notável, muitos pilotados por homens jovens e de meia idade, geralmente acima dos 1,75 metro. Na condição de baixinha dessa turma, sinto-me à vontade no comando dessas máquinas”.
Soma-se uma série de fatores técnicos, que efetivamente auxiliam o piloto na condução de qualquer moto – detalha.
“Primeiro, como vai se acomodar, e também como deve manter os pés posicionados, pernas, braços, costas, etc., durante o processo de pilotagem. Outra coisa: nas breves paradas, caso de semáforos, qual é o segredo para a moto não tombar para nenhum dos lados? Fácil: o piloto deve manter os pés tocando o solo de forma igual em ambos os lados”.
Outros procedimentos – acrescenta – incluem detalhes de como deve se acomodar na motocicleta, dar partida, acionar os freios, fazer curvas, etc.
“A regra é básica: você deve unificar equilíbrio harmônico com a motocicleta. Assim, terá resposta de uma pilotagem segura e agradável”.
Kelly também disse ser fundamental acatar cuidados assinalados para motociclistas no trânsito urbano, a fim de evitar acidentes.
“Motos não significam nenhum bicho-papão. Quem é veterano em máquinas do tipo sabe disso, e não abre mão de pilotá-las para conduzir carros. Ou conduz ambos aleatoriamente. O mais importante é que elas [motos] traduzem momentos inesquecíveis a cada dia. Até esquecemos viagens de carro, mas temos nítidas as lembranças de alguma feita a bordo de motocicleta. Eu já empreendi percursos relativamente curtos, mas tenho pretensão de ir mais longe em breve”.
Por João Carlos de Queiroz, editor de Veículos – Mtb 381.18/MT
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