Redação site – OS EUA cumpriram ontem (13) as ameaças de retaliar o envenenamento de civis que o ditador sírio, Bashar al-Assad, promoveu dias atrás contra inocentes habitantes do seu próprio país: o presidente Donald Trump ordenou ataque maciço contra as bases do governo sírio. O objetivo dos EUA é evitar qualquer nova ação assassina – à base de armas químicas – por parte do ditador contra seu povo. Testemunhas disseram que um número impreciso de mísseis detonou as bases sírias do ditador, ainda que a defesa antiaérea de Bashar tenha tentado neutralizá-los antes dos alvos.
O governo americano informou que não se trata de uma intervenção dos EUA na guerra civil travada entre o governo sírio e opositores, mas, sim, de um corretivo às covardias letais que as tropas de Bashar tem imposto aos habitantes sírios há sete anos, quando os conflitos, para sua manutenção no poder, tiveram início.
A utilização de gás sarim pelo exército sírio – considerado um dos mais impiedosos elementos químicos – esgotou assim a paciência do governo americano em relação à postura sanguinária do ditador. Cenas de civis sírios agonizantes, sob os efeitos do gás, ainda circulam na internet e revoltam milhões de pessoas nas redes sociais. A maioria das vítimas é composta de crianças e idosos. O que não significa freio à ambição de Bashar, afirmam pacifistas.
O emprego de armas químicas, em geral, é considerado crime de guerra pelas organizações que defendem a paz mundial e instituições militares. Ao fazer mão de tal recurso, Bashar transgrediu uma regra universal. E pela segunda vez. Na primeira, o número de vítimas foi ainda maior, atestam registros oficiais.
O presidente Donald Trump alertou várias vezes a Rússia, solidária ao governo de Bashar, que os EUA iriam retaliar mais essa chacina de civis atribuída ao ditador sírio. Trump não chegou a precisar como os EUA agiriam em represália ao crime. A Rússia, por sua vez, ora em preparativos para realizar a Copa do Mundo, segundo declarações do porta-voz russo, não creditou que as ameaças veladas do presidente americano pudessem ser por meio de mísseis e com o apoio de forças aliadas, França e Reino Unido.
A Rússia manifestou assim surpresa e indignação quando bombas e mísseis caíram sobre as bases do ditador. Foi levantada a hipótese de que não havia provas da autoria de Bashar no último ataque químico em território sírio. Não se sabe, até agora, qual será a manifestação militar da Rússia em defesa do seu protegido Bashar. Uma guerra fria entre as duas potências foi instalada.
CULPADO – França e Reino Unido também entendem que o ditador Bashar al-Assad é o responsável direto pelo recente massacre de civis com gás sarim. Dizem, inclusive, ter provas do seu envolvimento. Mesmo porque al-Assad já fez isso anteriormente, argumentam. O veneno foi lançado por aviões do exército sírio, e de imediato dizimou dezenas de crianças e adultos, enquanto centenas ainda permanecem internadas em estado grave.
DONALD TRUMP – O presidente americano, Donald Trump, em comunicado oficial ontem pela televisão, disse ter ordenado às Forças Armadas dos EUA que atacassem alvos de Bashar al-Assad, alvos associados à capacidade de armazenagem de armas químicas e outros armamentos do ditador.
Trump pediu que o povo americano e do mundo entenda suas razões, pois a forma como Bashar vem agindo, argumentou, já não comporta nenhum outro procedimento, “mas uma retaliação violenta à altura de sua crueldade ilimitada contra civis”. “Esse animal não tem a menor compaixão pela vida humana”, disse Trump.
Por editor-geral