O Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1°/8° GAV – Esquadrão Falcão), sediado em Parnamirim (RN), realizou, no final do mês de abril, uma palestra comemorativa alusiva aos dez anos de implantação da aeronave H-36 Caracal na Força Aérea Brasileira (FAB). O Esquadrão utiliza a aeronave em múltiplas missões de emprego, em especial em missões de Busca e Salvamento, como o resgate em convés realizado no dia 17 de abril.
Durante a palestra, o Comandante do 1º/8º GAV, Tenente-Coronel Aviador Wankley Lima de Oliveira, apresentou a trajetória de implantação e
Implantação do H-36 Caracal
O 1º/8º GAV foi o primeiro Esquadrão de Asas Rotativas a iniciar o processo de implantação do H-36 na FAB, que incluiu desde a adaptação dos pilotos à aeronave bimotor até a formação dos mecânicos e padronização de procedimentos dos homens de resgate. Em 2014, o Esquadrão Falcão passou a operar exclusivamente o H-36.
A nova máquina trouxe ao Esquadrão Falcão maior autonomia de voo, mais segurança para a tripulação, sistemas de guerra eletrônica como o “flare”, possibilidade de voo por instrumentos e voos noturnos. Além disso, a versatilidade desse helicóptero é fator de destaque, por sua capacidade de executar resgates rápidos, ainda que longe de bases de apoio, ampliando a capacidade de operação nas missões de Força Aérea cumpridas até então pelo 1º/8º GAV. “Diante dos desafios que temos com a Dimensão 22 (área de 22 milhões de quilômetros quadrados sob responsabilidade da Força Aérea) , a utilização de helicópteros com a capacidade do H-36 é um diferencial para a FAB”, completou o Comandante da Ala 10.
Operacionalidade
Tenente no 1º/8º GAV na época da implantação do projeto, o Oficial de Operações da Unidade Aérea, Capitão Aviador Leir Gomes de Oliveira, acumula vasta experiência na operação da aeronave. “Nossa operação demanda muito estudo, muita dedicação, não
Para ele, o mais marcante nesses dez anos operando o H-36 Caracal foi atuar como Homem de Resgate. O Capitão destacou uma missão em alto-mar, realizada em 2015 para salvar um pescador que havia sofrido um infarto a bordo de um navio pesqueiro. “Na época era algo muito novo, foi um resgate extremamente complexo. Então, utilizar uma plataforma dessa, colocar em prática todo o conhecimento, as horas de dedicação longe da família e trazer uma vida de volta, não tem preço”, enfatizou o Oficial de Operações do Falcão, que é um dos primeiros pilotos da FAB capacitados para operar missões REVO com o H-36 Caracal.
Fotos: Sargento Marcella / BANT e Arquivo / 1º/8GAV
Texto: Tenente Juliana Lopes e Sargento Marcella / BANT
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BUSCA E SALVAMENTO