Esquadrão da FAB realiza Exercício na Serra do Cachimbo

Objetivo foi treinar a mobilidade e a pronta resposta da Unidade frente aos acionamentos imprevistos
Fonte: DECEA
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Elias – Revisão: Major Monteiro 

O Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle – Esquadrão Morcego (3º/1º GCC) realizou o Exercício Operacional PAREX I, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), na Serra do Cachimbo (PA), durante o mês de julho. O objetivo foi treinar a mobilidade e a pronta resposta da Unidade frente aos acionamentos imprevistos, bem como utilizar toda a potencialidade do sistema MGCA (do inglês Mobile Ground Controlled Approach) PAR 2000-T, seja por deslocamento via modal aéreo ou terrestre.

O MGCA PAR 2000-T é um sistema de aproximação radar transportável composto por um radar de vigilância e outro de aproximação de precisão. O PAREX I permitiu realizar diversos testes com o equipamento, buscando aumentar a capacidade operacional. Para isso, foi utilizada a aeronave C-130 Hércules para deslocar todo o material e os militares de Parnamirim (RN), na sede do Esquadrão, para o teatro de operações no aeródromo de Cachimbo.

Os destaques nos testes ficaram por conta da utilização da comunicação via satélite com entrada de dados provenientes do radar secundário do aeródromo. Essa arquitetura proporcionou a visualização múltipla e selecionável na tela do controlador, que ora poderia controlar um Terminal do Sistema de Defesa Aérea e Circulação Operacional Militar (DACOM), ora com recolhimento de precisão das aeronaves via Radar de Aproximação de Precisão (PAR, sigla em inglês Precision Approach Radar). Tal funcionalidade possibilita ao 3º/1º GCC funcionar também como Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares (OCOAM) Transportável, integrando-se a radares do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), utilizando um único equipamento montado na estrutura do sistema MGCA.

Outra ferramenta testada foi o controle de aproximação e Radar de Aproximação de Precisão (PAR) remoto, em que controladores situados na sede do Esquadrão puderam efetuar controle da área e a realização do primeiro PAR remoto das aeronaves voando em Cachimbo. Dessa forma, a tecnologia embarcada aliada à técnica da equipe permitiu controlar uma aeronave a quase 1.200 milhas náuticas de distância com segurança.

Houve, também, a transmissão de imagens de Cachimbo para a sede, com câmeras IP e mapeamento do ponto de toque das aeronaves. “Verificou-se o aumento da segurança das instalações e a possibilidade de melhoria da consciência situacional dos controladores com imagens das cabeceiras das pistas, permitindo ao controlador ter a mesma visão da pista que a Torre de Controle possui, além do envio das imagens ao efetivo que permaneceu em sede”, explicou o Especialista em Comunicações e chefe da área técnica da PAREX I, Tenente Alexandre Estrela Sales.

Nesse Exercício, foi executado o controle de 541 aeronaves, 245 aproximações de precisão (PAR) com variados tipos de aeronaves militares e mais de 540 horas de voo controlado. “A  proposta era realizar um treinamento de mobilidade, instalação de um OCOAM e um radar de área para prover a segurança das aeronaves do 3° Grupo de Aviação, que estavam em operação em Cachimbo, e, também, o recolhimento PAR dessas aeronaves. Concluímos, ainda, a proposta de formar dois controladores PAR dentro desse curto período de tempo, o qual durou por volta de três semanas; normalmente leva-se cerca de seis meses para o mesmo resultado em sede”, enfatizou o Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Morcego, Capitão Aviador Yuri Carneiro de Souza.

De acordo com o Comandante do Esquadrão, Major Aviador Adriano Geraldo Gonçalves Pereira, o Exercício permitiu confirmar a capacidade operacional do Morcego, independente do ambiente. “A busca por inovações e pesquisa rendeu enormes frutos, ainda iniciais, mas que abrem um leque de capacidades do equipamento PAR que não tínhamos conhecimento. Entre elas, o controle de aeronaves com segurança a mais de 2.000 km de distância e o mapeamento das pistas e sítio com transmissão de imagens tanto à sede como a qualquer outro lugar que se desejar”, destacou.

Fotos: Esquadrão Morcego

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