A Espanha passeou em sua estreia na Copa do Catar e goleou a Costa Rica por 7 a 0, na tarde desta quinta-feira (23) no Estádio Al Thumama, pela primeira rodada do Grupo E da competição.
Foi um duelo desigual. A juventude espanhola contra os veteranos costarriquenhos, com vários jogadores que participaram da Copa de 2014 (Brasil). Se a capacidade de renovação da Espanha impressiona, o ritmo que os comandados de Luís Enrique colocaram em campo também não passou despercebido. Aliás, com apenas meia hora de partida, o placar já indicava 3 a 0.
Aos 8 minutos, Asensio teve a primeira chance clara de gol, arriscando da meia-lua da grande área, com a bola raspando a trave de Keylor Navas, goleiro remanescente de 2014. Aos 10, não houve jeito. Fazendo a bola rolar de pé em pé, Gavi tocou para Dani Olmo, que, diante de Navas, fez 1 a 0. A posse de bola da Espanha já chegava a 79% naquele momento de domínio absoluto.
Aos 20 minutos, Jordi Alba cruzou rasteiro para a área, Marco Asensio pegou de primeira, Navas saltou, tocou na bola, mas não o suficiente para evitar o segundo gol espanhol. Os costarriquenhos estavam nocauteados.
O ritmo alucinante ainda gerou um pênalti para a Espanha aos 29 minutos, quando Jordi Alba foi derrubado na área. Ferran Torres foi para a cobrança, deslocou Navas, bola para um lado, goleiro para o outro: 3 a 0.
Tamanha vantagem fez a garotada espanhola utilizar o famoso jogo de toques curtos, o tiki-taka, que celebrizou a seleção campeã mundial em 2010. Assim, além de colocar a Costa Rica na roda, aumentava a posse de bola e fazia o tempo passar mais rápido. Em 45 minutos, a Espanha fazia o mais belo jogo do Mundial, enquanto o time costarriquenho, em momento algum, achou uma forma de aprimorar a marcação e tomar a bola.
Na etapa final, Asensio continuou mandando no ataque. Aos 2 minutos, apareceu livre na intermediária e chutou forte, mas a bola subiu demais. Aos 8 minutos, Ferran Torres recebeu na área, enfrentou o zagueiro, esperou que Navas saísse aos seus pés e chutou rasteiro por baixo do corpo do goleirão. 4 a 0. Virou goleada!
Com a imensa vantagem, o técnico Luís Enrique começou a modificar o time e colocou os reservas, jogadores ainda mais jovens que os titulares. O ritmo do jogo não diminuiu e a qualidade de toque de bola continuou a mesma. Aos 29 minutos, enfim, Morata levantou a bola para a entrada da grande área, o garoto Gavi, de 18 anos, pegou de primeira, a bola pegou no pé da trave e entrou. 5 a 0! O astro do Barcelona mostrou durante a partida porque seu passe vale mais de R$ 5 bilhões.
Aos 44 minutos do 2º tempo, Williams fez o cruzamento para a área, Keylor Navas deu rebote para frente, como não se pode fazer, e Soler apareceu para fazer 6 a 0!
Para quem queria ainda mais. Álvaro Morata triangulou e apareceu na frente do gol, atirou firme e deu números finais ao massacre de Doha. 7 a 0. Os espanhóis faziam sua maior goleada em Copas do Mundo, superando os 6 a 1 sobre a Bulgária, em 1998.
Na próxima rodada do Grupo E, no domingo (27), enquanto a Espanha joga com os desesperados alemães, a Costa Rica tenta se recuperar diante do surpreendente Japão.
Edição: Fábio Lisboa