Os Emirados Árabes Unidos juntaram-se à Arábia Saudita nesta quarta-feira (11), com promessas de levar a produção de petróleo a nível recorde em abril.
Os dois países, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), adotaram posição conjunta em meio a uma disputa com a Rússia que tem derrubado os preços globais da commodity.
Os planos dos dois países representariam aumento equivalente a 3,6% da oferta global, em momento em que há expectativa de queda na demanda mundial por combustível, pela primeira vez em uma década, devido ao impacto do coronavírus.
Os preços do petróleo já caíram quase pela metade desde o início do ano, pelo temor de que os países da Opep inundem os mercados em meio a uma batalha com a Rússia, depois que Moscou recusou um acordo na semana passada para ampliar cortes de produção que vinham sendo realizados desde 2016.
A Arábia Saudita, que já anunciou que irá elevar sua oferta para um recorde de 12,3 milhões de barris por dia em abril, disse que também elevará a capacidade de produção pela primeira vez em mais de uma década.
Já a estatal de petróleo dos Emirados Árabes, afirmou que vai elevar a oferta para mais de 4 milhões de barros por dia em abril e acelerar planos para ampliar sua capacidade para 5 milhões, uma meta antes prevista para 2030.
Com isso, sauditas e Emirados Árabes acrescentariam um total combinado de 3,6 milhões de barris por dia em abril a um mercado já saturado com petróleo.
O atual acordo para restrição da oferta, fechado entre Opep e Rússia, aliança conhecida como Opep+, vence em março.
A Rússia também disse que petroleiras locais podem elevar a produção em até 300 mil barris por dia, e que seria possível um aumento de até 500 mil.