Redação Site – A antes forte rejeição ao nome de Jair Bolsonaro, eleito presidente da República no último dia 28, já começa a configurar um quadro de declínio gradual perante os próprios eleitores do seu adversário, Fernando Haddad. Eles (incluindo alguns petistas natos) já admitem que o capitão da Reserva do Exército pode ser peça decisiva para revigorar a economia nacional e, de quebra, extirpar as benesses de poder concedidas antes a partidos apoiadores, praxe em qualquer processo pós-eleição no País. Procedimento, aliás, que tende a pôr fim à mesmice estacionária da economia nacional e à visível divisão entre pobres e ricos, ainda que os primeiros sempre trabalhem mais e nunca consigam acessar postos de merecida recompensa ao próprio esforço.
Pesou nessa inusitada reviravolta de pensamento as últimas medidas anunciadas por Jair Bolsonaro, a exemplo da indicação do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça e o pretendido enxugamento geral de ministérios, o que gerará economia bilionária, mês a mês. O próximo dirigente da União sequer cedeu a pressões emanadas por grupos empresariais que tentam barrar a unificação breve de várias Pastas ministeriais. Tem mantido um estilo similar ao de Donald Trump, odiado por minorias de classes distintas e aclamado pela maioria da população. O jeito turrão de Trump já conseguiu colher bons frutos no pomar diversificado da sociedade americana. Olhar diferenciado para detectar o mal entre o bem, apesar das controvérsias de opinião.
“O Brasil exige mudanças enérgicas”, tem anunciado o novo presidente. “E tudo faremos para empreendê-las”
À vontade para indicar quem for de sua confiança, e sem estar atrelado a qualquer imposição de agremiação partidária, Jair Bolsonaro já anunciou que não é nenhum salvador da Pátria, somente um cidadão determinado a administrar o País de forma justa e dentro de um padrão evolutivo, em termos de economia. Para isto, afirmou, não fará nenhum tipo de concessão a grupos políticos e/ou privados, primando pela austeridade e coerência administrativa.
Logicamente, nem todos os técnicos em política concordam com os argumentos de Bolsonaro referentes ao seu Plano de Governo. O cientista Alberto Vannuci, italiano, discorda da indicação do juiz Sérgio Moro para comandar o Ministério da Justiça, atribuindo que isso pode acarretar desconfiança e aprofundar a polarização em torno da Operação Lava Jato.
Mesmo com pressões disfarçadas aqui e ali, o presidente eleito tem mantido a proa do seu discurso de campanha, e é justamente isso que tem mudado a atitude de radicalização que vinha sofrendo por parte de eleitores petistas, não necessariamente filiados da agremiação fundada por Luiz Inácio Lula da Silva.
A manter essa linha, vai prevalecer notória vantagem da anunciada conquista democrática brasileira, varrendo de vez o fantasma anunciado de nova ditadura militar. Com clareza de ideias e descarte de pressões anunciadas contra seu projeto governamental, Bolsonaro mantém ambos os pés calcados firmemente no trampolim do Palácio do Planalto, presumivelmente palco de vários atos de governo que a população sonha em ver concretizados.
Julgando-se, enfim, pela serenidade de ações evidenciadas no anúncio das medidas e escolha de auxiliares diretos, sem qualquer destemor de desagradar grupos opulentos da economia/política nacional e estrangeira, o presidente Jair Bolsonaro pode surpreender, admitem ex-opositores ferrenhos, acentuando que isto não significa a ausência de tropeços eventuais na tentativa de corrigir o rumo da administração. Mas é também algo passível de correções ao longo do próximo percurso de governo.
Têm razão ao deduzirem tais empecilhos: afinal, as pessoas, públicas e privadas, sempre assimilaram aprimoramento benéfico a partir do próprio trabalho, rascunhando diferentes etapas evolutivas no seu ciclo existencial. Bolsonaro pode estar preparando uma nova história para o Brasil, com capítulos de ineditismo revolucionário em áreas antes proibitivas de qualquer alteração.