Eleitores de Haddad já começam a simpatizar com “estilo Bolsonaro”

Ainda que não queiram divulgar nomes, alguns confessos eleitores de Fernando Haddad, que obteve 44 milhões de votos na disputa contra Jair Bolsonaro, admitem ser preciso pensar num Brasil livre de corrupção, tema principal da proposta de governo do presidente eleito

Redação Site – A antes forte rejeição ao nome de Jair Bolsonaro, eleito presidente da República no último dia 28, já começa a configurar um quadro de declínio gradual perante os próprios eleitores do seu adversário, Fernando Haddad. Eles (incluindo alguns petistas natos) já admitem que o capitão da Reserva do Exército pode ser peça decisiva para revigorar a economia nacional e, de quebra, extirpar as benesses de poder concedidas antes a partidos apoiadores, praxe em qualquer processo pós-eleição no País. Procedimento, aliás, que tende a pôr fim à mesmice estacionária da economia nacional e à visível divisão entre pobres e ricos, ainda que os primeiros sempre trabalhem mais e nunca consigam acessar postos de merecida recompensa ao próprio esforço.

Pesou nessa inusitada reviravolta de pensamento as últimas medidas anunciadas por Jair Bolsonaro, a exemplo da indicação do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça e o pretendido enxugamento geral de ministérios, o que gerará economia bilionária, mês a mês. O próximo dirigente da União sequer cedeu a pressões emanadas por grupos empresariais que tentam barrar a unificação breve de várias Pastas ministeriais. Tem mantido um estilo similar ao de Donald Trump, odiado por minorias de classes distintas e aclamado pela maioria da população. O jeito turrão de Trump já conseguiu colher bons frutos no pomar diversificado da sociedade americana. Olhar diferenciado para detectar o mal entre o bem, apesar das controvérsias de opinião.

“O Brasil exige mudanças enérgicas”, tem anunciado o novo presidente. “E tudo faremos para empreendê-las”

À vontade para indicar quem for de sua confiança, e sem estar atrelado a qualquer imposição de agremiação partidária, Jair Bolsonaro já anunciou que não é nenhum salvador da Pátria, somente um cidadão determinado a administrar o País de forma justa e dentro de um padrão evolutivo, em termos de economia. Para isto, afirmou, não fará nenhum tipo de concessão a grupos políticos e/ou privados, primando pela austeridade e coerência administrativa.

Logicamente, nem todos os técnicos em política concordam com os argumentos de Bolsonaro referentes ao seu Plano de Governo. O cientista Alberto Vannuci, italiano, discorda da indicação do juiz Sérgio Moro para comandar o Ministério da Justiça, atribuindo que isso pode acarretar desconfiança e aprofundar a polarização em torno da Operação Lava Jato.

Mesmo com pressões disfarçadas aqui e ali, o presidente eleito tem mantido a proa do seu discurso de campanha, e é justamente isso que tem mudado a atitude de radicalização que vinha sofrendo por parte de eleitores petistas, não necessariamente filiados da agremiação fundada por Luiz Inácio Lula da Silva.

A manter essa linha, vai prevalecer notória vantagem da anunciada conquista democrática brasileira, varrendo de vez o fantasma anunciado de nova ditadura militar. Com clareza de ideias e descarte de pressões anunciadas contra seu projeto governamental, Bolsonaro mantém ambos os pés calcados firmemente no trampolim do Palácio do Planalto, presumivelmente palco de vários atos de governo que a população sonha em ver concretizados.

Julgando-se, enfim, pela serenidade de ações evidenciadas no anúncio das medidas e escolha de auxiliares diretos, sem qualquer destemor de desagradar grupos opulentos da economia/política nacional e estrangeira, o presidente Jair Bolsonaro pode surpreender, admitem ex-opositores ferrenhos, acentuando que isto não significa a ausência de tropeços eventuais na tentativa de corrigir o rumo da administração. Mas é também algo passível de correções ao longo do próximo percurso de governo.

Têm razão ao deduzirem tais empecilhos: afinal, as pessoas, públicas e privadas, sempre assimilaram aprimoramento benéfico a partir do próprio trabalho, rascunhando diferentes etapas evolutivas no seu ciclo existencial. Bolsonaro pode estar preparando uma nova história para o Brasil, com capítulos de ineditismo revolucionário em áreas antes proibitivas de qualquer alteração.

 

 

 

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