Fantasma de égua assassinada ainda procura por sua cria em Cuiabá…

Égua prenha morreu após ser esfaqueada covardemente por marginais enquanto pastava no Morro do Condor, ao lado do Posto de Saúde do Novo Terceiro. Desde então, tem aparecido para muitas pessoas...

Já faz alguns anos, uma égua prenha, mansa serviçal de um morador da Rua Floriano Figueiredo, no Novo Terceiro, Cuiabá, foi encontrada morta no Morro do  Condor, em meio a uma poça sanguinolenta. O crime aconteceu quando o animal pastava nessa área ao entardecer, local em que o condutor o deixava sempre. Os rasgos enormes na barriga – a ponto de expor as vísceras – indicaram que os assassinos utilizaram possivelmente arma branca de grande porte, facão, foice ou machado. Uma faca comum não teria rasgado o couro e feito tantos estragos…

O ocorrido chocou muita gente nas imediações, e a recomendação da polícia foi para que ninguém passasse sozinho pelo Morro do Condor, principalmente em horários neutros, noite e madrugada. Afinal, a maldade feita contra uma inocente égua poderia ser direcionada também a seres humanos. A suposição maior dos responsáveis pela morte cruel da égua prenha recaiu sobre usuários de drogas e marginais em geral, tipos comuns na região.

Posteriormente ao crime, muitas pessoas afirmam ter visto a égua assassinada relinchando chorosa pelo Morro do Condor, por vezes em rápido trote pra lá e pra cá. Conforme alguns espiritualistas, ela ainda não tem consciência de que morreu, e assim seu espírito procura pela cria.

Durante bons anos, essas ditas aparições foram frequentes no lugar, com maior incidência em épocas religiosas, a exemplo da quaresma. O que motivou os estudantes de escolas próximas a darem uma volta mais longa para evitar passarem pelo interior do Morro do Condor, hoje já revitalizado e com passarela cimentada.

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Para Paulete, moradora tradicional da Rua D, no Novo Terceiro, ninguém duvida que isso realmente aconteceu ou possa ainda estar acontecendo. “Muitos viram essa égua por lá. Eu, particularmente, vi um cavalo sem cabeça lá pelas bandas do bairro Cidade Verde. E trotava tranquilamente com um homem em cima dele!”, complementa.

Outra informação de Paulete é que essa região {que centraliza os bairros Novo Terceiro, Coophamil e Cidade Verde} já sediou cemitérios no passado. “Daí essas coisas esquisitas que ainda acontecem por aqui”.

Se a tese da simpática moradora for real, muita gente está dormindo hoje em cima de covas funerárias, fator complicador do sono de quem já subiu para outra esfera espiritual e não quer ser incomodado de forma alguma. Melhor então encomendar missas para eternizar o descanso dessa turma…

OBSERVAÇÃO:

*A prática brasileira (e de outros países) de escravizar quadrúpedes é claro retrocesso à Idade Média, quando inexistia qualquer conscientização acerca dos valores dos animais e o respeito que merecem. Infelizmente, no Brasil ainda prevalece esse tipo de escravidão, somando-se à dos humildes trabalhadores rurais.

*Nenhuma égua prenha deve ser colocada para puxar carroça. Eis aí um crime hediondo; equivale a obrigar uma mulher gestante a carregar pesos descomunais. 

João Carlos de Queiroz