Ao assinar favoravelmente para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito na área de Saúde, município de Cuiabá, o vereador Dr. Xavier, integrante da base aliada do prefeito Emanuel Pinheiro, fez questão de esclarecer o seguinte:
- a) O fato de apoiar a CPI não significa que esteja assumindo caráter opositor à atual gestão, muito pelo contrário: deseja apenas que as denúncias e falhas sejam devidamente esclarecidas e sanadas, até mesmo para corrigir eventuais injustiças que tenham recaído contra os gestores do município;
- b) Por integrar a Comissão de Saúde no Legislativo, e também por ser médico-odontólogo, jamais compactuaria com quaisquer irregularidades que acaso estivessem sendo cometidas na Saúde, independentemente de estar ou não no grupo aliado do prefeito;
- c) Portanto, sua assinatura na CPI significa basicamente que deseja justiça, transparência e eficiência de serviços na Saúde Pública. Área que reconhece ser complexa e que requer máxima atenção e responsabilidade por parte dos gestores, fatores essenciais para um bom atendimento aos munícipes;
- d) Frisou também que é um dos torcedores para que a Saúde de Cuiabá seja modelo nacional, sem nenhuma queixa que vá macular os serviços que a população necessita. Nesse sentido, estará sempre pronto a colaborar com a gestão municipal;
“Municípios padecem, às vezes, por falhas que Estado comete…”
Conforme o vereador, nenhum governo vai bem se a Saúde está deficitária e não consegue cumprir suas prerrogativas. “Na quinta (14) recebemos a visita do procurador-geral do Estado, Mauro Curvo. Veio à Tribuna Livre da Câmara para expor a situação do Consórcio Intermunicipal de Saúde, já legalmente criado, porém faltando ser operacionalizado, funcionar. Precisa de apoio geral, principalmente por parte do Estado. Quando isto acontecer, a Saúde registrará ganhos na qualidade do atendimento, que terá amplitude para beneficiar os moradores dos 141 municípios de Mato Grosso, algo perto de 3,5 milhões de pessoas”.
Dr. Xavier ainda ponderou que é preciso que os governantes de ponta (estadual/federal) tenham real compromisso com a Saúde, “para que o ônus não recaia apenas nas costas dos municípios”. Como exemplo, citou o atraso consecutivo no repasse de recursos constitucionais aos municípios, fator que tem inviabilizado a operacionalização regular das unidades SUS. “Isso jamais deveria acontecer, pois inviabiliza todo o sistema de atendimento. E quem sofre, no final das contas, é a população”.