“Se você perguntar onde eu moro, eu digo que moro aqui (sede do Fortaleza) e tenho uma casa para dormir”
Imprensa CBF – O Fortaleza completou 100 anos no último dia 18 de outubro. Neste século de vida, o Tricolor do Pici contou com os serviços de alguém muito especial em 47 anos: Dona Toinha. “Mãezona” do grupo, a hoje auxiliar de nutrição chegou ao clube em 1971 e fez “de tudo um pouquinho”, como ela mesma gosta de dizer. A paixão de Antônia Porfírio Lima pelo Leão impressiona.
No ano passado, quando o clube garantiu o acesso à Série B após oito anos de dureza na Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro, Dona Toinha atravessou o gramado do Estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora (MG), de joelhos para pagar promessa pela vitória sobre o Tupi. Aos 75 anos, a funcionária-torcedora conversou com o site da CBF e revelou que acionou novamente os céus pelo inédito título nacional.
“O meu joelho está ótimo! Nunca tive nada nele (risos). Fiz outras promessas desta vez, mas não posso dizer. Se Deus quiser, você vai ver lá no Castelão. Depois que tudo acaba é quando a gente faz a comemoração”, declarou.
O retorno do time à Série A após 12 anos foi marcante para todos no clube. Dona Toinha lembra os momentos de decepção, principalmente nas temporadas em que o clube ficou no quase na Série C, e comemora o presente mais vitorioso.
“Foi uma alegria muito grande (acesso à Série A). Testamos o coração, porque quando chegávamos na reta final do campeonato, todo ano quando me perguntavam eu dizia: – esse ano vai! E chegava na hora e não ia, lá a gente ficava de novo. Mas graças a Deus, Ele nos iluminou, fomos indo degrau por degrau e estamos subindo bastante longe agora”, acrescentou.
A “mãezona” do Leão não tem dificuldades para descrever o que o Fortaleza representa para o seu coração. Para explicar, ela lembra do lugar onde mais passou e segue passando o seu tempo.
“O Fortaleza pra mim é uma vida. Eu vivi aqui dentro, criei meus dois filhos, tenho três netos e um bisneto, e a minha vida é essa. Se você perguntar onde eu moro, eu digo que moro aqui (sede do Fortaleza) e tenho uma casa para dormir”, finalizou.
Dona Toinha representa a essência do torcedor, é o futebol em seu estado mais puro. Paixões como a dela por um clube reforçam o já famoso “não é só futebol”. Realmente, nunca será. Só nos resta contemplar e agradecer pela dedicação ao esporte mais popular do mundo.
O Fortaleza pode levantar o troféu mais importante de sua centenária história nesta terça-feira (6), às 21h30 (de Brasília), diante do CSA-AL, no Castelão. Para isso, o Leão precisa vencer a partida e torcer por um tropeço do Avaí-SC diante do Atlético-GO, em Goiânia (GO). A expectativa é de 55 mil pessoas na arquibancada do estádio. Não vai faltar emoção!