Discurso de Haddad sobre priorizar educação é mentiroso, afirma tucano

Por Site PSDB – As contradições entre o discurso e a prática do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, continuam chamando atenção e preocupando os eleitores. Uma das principais promessas do petista é investir na educação e na recuperação de programas que, segundo ele, foram extintos pelo governo federal. No entanto, a fala de Haddad não se sustenta já que, quando ocupou a prefeitura de São Paulo, o petista descumpriu uma série de recomendações, criadas por ele quando ministro da Educação, deixando as creches terceirizadas em situação calamitosa e demonstrando total descaso com o tema.

Elaborado em parceria com secretarias municipais de Educação de São Paulo, com apoio de arquitetos, engenheiros e educadores, o documento Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil estabelecia, por exemplo, que as creches paulistas deveriam ter sua construção planejada por profissionais.

Entretanto, na gestão Haddad, a regra passava longe de ser cumprida. Na rede terceirizada, que atendia 58% das crianças, os imóveis que abrigavam as creches eram adaptados. Para atender à demanda, a prefeitura aprovava o uso de prédios construídos para outro fim, como igrejas.

O deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG) afirmou que o discurso de “defensor da educação” não condiz com o currículo de Haddad, que agiu com total descaso na área. Segundo o tucano, o candidato mente para a população em busca de voto sem se preocupar com o futuro educacional brasileiro.

“É uma fala completamente mentirosa. Não dá para acreditar em um candidato que nunca priorizou a educação quando foi prefeito e ministro e agora diz que o tema será uma prioridade. Essas declarações deixam claro que ele não tem condições de governo o país”, ressaltou.

Avaliado pelo Datafolha como um dos prefeitos de capitais com pior avaliação do país, Haddad deixou a prefeitura de São Paulo em 2016 com apenas metade das propostas (54,5%) totalmente concluídas com base nos critérios da própria administração petista.

Reportagem da Folha de S. Paulo lembra o cenário desastroso que o petista deixou ao final de sua gestão na capital paulista. Corredores de ônibus, escolas e unidades básicas de saúde apenas no papel, além de esqueletos de prédios populares ainda não entregues.

Paralelamente, sem o dinheiro que prometia buscar em Brasília, Haddad apostou em medidas baratas, como a criação de faixas exclusivas de ônibus (consideradas paliativas) e de ciclovias.

Herança desastrosa

Como prefeito, Haddad também deixou de cumprir principalmente com as metas relacionadas à educação, saúde e transportes, temas considerados mais preocupantes para os paulistanos na época, segundo pesquisa Datafolha de 2016. Na avaliação de Rodrigo de Castro, apesar do discurso eleitoreiro do petista, a herança deixada por Haddad e pelo PT na área educacional foi “péssima” e “desastrosa”.

“Ele e o PT deixaram um péssimo legado para a educação do país. Os índices mostram que nós não avançamos nada em termos de qualidade na educação básica, pelo contrário. Há menos recursos na gestão do PT e, além de tudo, o ensino médio está andando para trás. Tudo isso graças à desastrosa gestão de Fernando Haddad no MEC”, criticou.

Reportagem: Clarissa Lemgruber

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