Dia Internacional da Síndrome de Down: Gestão Emanuel Pinheiro trabalha para oferecer educação inclusiva

Nas unidades educacionais, os alunos são estimulados e participam de atividades em salas multifuncionais

Toda criança tem direito à Educação, seja portadora de necessidades especiais, ou não. Desde 2008, Cuiabá trabalha a Educação Inclusiva. Agora, na gestão humanizada do prefeito Emanuel Pinheiro, esse processo pedagógico vem sendo intensificado com êxito. Os resultados – francamente positivos – têm reconhecimento dos pais e autoridades no assunto…

Júlia Milhomem – O “Dia Internacional da Síndrome de Down” é comemorado em 21 de março.  Data criada com o intuito de levar mais informações a respeito desse tema, além de enfatizar a importância dos direitos de inclusão social e o não preconceito aos portadores da síndrome. “Down não é doença”, destacam educadores especializados. Regra que a gestão humanizada do prefeito Emanuel Pinheiro tem adotado ao pé da letra, aprimorando os métodos educacionais numa linha de sensibilidade visível. Os ganhos no aprendizado da criança são inegáveis, comemoram os coordenadores pedagógicos.

Na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Ministro Marcos Freire, localizada no bairro Jardim dos Ipês, Cuiabá, por exemplo, quatro crianças com Down estão integradas ao alunado, em salas de aulas com outras crianças sem nenhuma deficiência.  Elas são estimuladas à concentração, atenção, alfabetização, socialização e, em um segundo turno, desenvolvem atividades numa sala multifuncional. O espaço é equipado com computador, notebook e impressora, brinquedos, mobiliários e materiais didático/pedagógico, para o atendimento especializado a alunos da Educação Especial.

Foto Yotube

Nessas salas, conforme os professores, os alunos participam de atividades que os ajudam a superar dificuldades pedagógicas, principalmente em relação à escrita e leitura. “Há um entrosamento natural na execução das tarefas, desenvolvidas de maneira prazerosa. A criança se sente bem no ambiente escolar; denota alegria em poder aprender. Quer fazer algo que a aproxime do entendimento buscado, por ora ainda meio imperceptível, num plano de concepção intuitiva”, explica a coordenação.

Desde 1994, a pedagoga Maria Luzia Costa Marques decidiu se especializar em alfabetização e Educação Especial. A educadora é uma das pioneiras, em Cuiabá, na luta pela inclusão não apenas de crianças com Síndrome de Down, mas com outras deficiências. “Atuo no turno matutino do Ensino Básico com duas crianças portadoras da síndrome de Down. Trata-se de um trabalho bem cuidadoso. Não posso trazer pra dentro da sala de aula um exercício igual para todos. Até porque estas crianças têm uma outra forma de aprendizado, utilizam muito o sentido do tato. Talvez o que uma criança aprende apenas contornando um numeral, por exemplo, com eles eu tenho que trazer algo concreto, em forma de objeto”.

Bernadete da Costa Oliveira tem uma filha de seis anos, portadora da síndrome. Ela detalhou a importância da inclusão da crianças na sociedade, ressaltando os benefícios que a Secretaria Municipal de Educação tem disponibilizado à sua filha, “Eu a levava à creche aos três anos. No ano seguinte, ela começou a frequentar a escola regular. Atualmente, é uma criança que interage com as outras. Reconhece o alfabeto, números, consegue se alimentar sozinha… Uma evolução crescente, que assisto diariamente”.

“Nunca tratei Arthur como uma criança diferente. Tenho um outro filho, de oito anos. Ambos sempre foram tratados da mesma forma” – afirma, orgulhosa, Claudineia Oliveira.

Arthur tem quatro anos e começou este ano na Educação Infantil. A mãe, Claudineia Oliveira, declarou que não colocou o filho na escola antes, para ser alfabetizado, por temer como a criança seria cuidada. Ela própria qualifica sua atitude de normal, zelo de qualquer genitora em relação aos seus rebentos. “Pensava assim. Mas, depois que acompanhei o trabalho desenvolvido e coordenado pela Secretaria Municipal de Educação, mudei de ideia e resolvi matricular Arthur”.

Claudineia também enfatizou que nunca tratou Arthur de forma diferenciada. “Tenho um outro filho, de oito anos, e ambos são tratados da mesma forma. Emociono-me muito ao ver a alegria com que Arthur  se dirige à escola diariamente. No educandário, ele interage bem com seus coleguinhas de sala, demonstra vivo interesse nas atividades distintas ali ofertadas” – salientou.

Atualmente, a Rede Municipal de Educação da Prefeitura de Cuiabá atende 53 crianças com Síndrome de Down, além de seis crianças matriculadas na rede, que já estão sendo avaliadas para receber o trabalho específico das Cuidadoras de Alunos com Deficiência (CAD). O acompanhamento do aluno também é feito para avaliar o desenvolvimento da criança especial, bem como para incluí-lo, de modo igual, juntamente aos demais alunos sem necessidades especiais. 

Da Editoria do site: A jornalista Júlia Milhomem (direita) é uma das profissionais de imprensa mais respeitadas e admiradas em Mato Grosso.
Nesta foto, ela posa ao lado dos pais, o repórter-fotográfico Demóstenes Milhomem/Julimar Milhomem e com a irmã mais velha, a enfermeira Juliany Milhomem (e). Foto feita por ocasião do lançamento do livro de memórias de Demóstenes (impressões coletadas, durante anos, no desempenho de suas funções jornalísticas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, ainda hoje seu amado local de trabalho).

 

manchete