Deputado Paulo Guedes avalia impactos da redução do auxílio emergencial: “mais exclusão e aumento da pobreza”

O deputado federal Paulo Guedes, crítico ferrenho das medidas do presidente Jair Bolsonaro que afetam diretamente a população mais pobre, avalia como extremamente preocupante a decisão do governo de reduzir o auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300. Para o parlamentar, as regiões mais carentes como o Norte de Minas e os vales do Jequitinhonha e Mucuri ainda enfrentam um período crítico de transmissão do coronavírus, já que em alguns lugares estão vivendo agora os impactos da interiorização da pandemia.

“A redução do auxílio só vai aumentar as desigualdades. Enquanto aperta para o povo, este governo afrouxa para os bancos, que desde o início da pandemia já receberam mais de R$ 1,2 trilhão em recursos”, afirma o deputado Paulo Guedes ao lembrar que são milhares de trabalhadores e famílias que, hoje, sobrevivem do que recebem do auxílio emergencial. “Não é justo reduzir o benefício, atacando exatamente quem mais precisa, enquanto o xará, ministro da Economia, não poupa bondades aos amigos banqueiros”, criticou.

O parlamentar lamenta que o atual governo não olhe para o povo mais pobre, que sofre com o assombro da falta de esperança.”Pequenos comerciantes e empreendedores estão fechando suas portas por falta de apoio. Trabalhadores desempregados, pais e mães de família, estão amedrontados com a redução do auxílio emergencial, além da possível exclusão pelo programa.

Além de reduzir o valor pela metade, o governo adotou novos critérios que, na prática, excluirão pelo menos 5,7 milhões dentre os atuais 67,2 milhões de beneficiários do programa, segundo dados oficiais. Em julho, 4,4 milhões (6,5%) de domicílios brasileiros sobreviveram apenas com a renda do auxílio emergencial, apontou estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

AUMENTO DA POBREZA

Para o deputado Paulo Guedes, essa queda na transferência de renda somada à deterioração do mercado de trabalho, deverá agravar ainda mais recessão pós-pandemia. “Desigualdade maior não ajuda o crescimento. Com mais pessoas perdendo renda e retornando para as camadas mais pobres, 2021 certamente será um ano muito difícil para a maioria do povo brasileiro”.

O auxílio de R$ 600 começou a ser pago em abril, após negociação do PT e partidos de oposição, que defenderam um piso de R$ 1,2 mil, enquanto Bolsonaro e Guedes sustentavam que R$ 200 eram suficientes. “Lutaremos para manter o auxílio em R$ 600, que é a garantia da segurança alimentar para a população que mais precisa”, afirma o deputado.

Assessoria de Comunicação do deputado Paulo Guedes

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