Imprensa Mercedes-Benz – A Daimler Trucks anunciou na “Consumer Electronics Show – CES”, maior feira de eletrônicos do mundo, que investirá mais 500 milhões de Euros no desenvolvimento de caminhões autônomos (SAE Nível 4).
A automação de Nível 4 se caracteriza pela rodagem autônoma em áreas definidas e entre locais específicos, dispensando a intervenção do motorista. No transporte rodoviário comercial, essa tecnologia é a próxima fase depois do Nível 2, aumentando a eficiência e a produtividade para os clientes e reduzindo os custos operacionais. Assim, a Daimler Trucks pula a etapa intermediária Nível 3 (condução autônoma condicional).
Em sua apresentação na CES, a Daimler Trucks também fez a estreia mundial do novo Cascadia da Freightliner com recursos de condução parcialmente autônoma (Nível 2), o que o torna o primeiro caminhão de produção em série dessa categoria nas estradas norte-americanas.
Líder mundial na produção de caminhões, a Daimler Trucks tem sido pioneira no desenvolvimento de veículos autônomos há anos. Em 2014, apresentou o Future Truck 2025 da Mercedes-Benz, primeiro caminhão autônomo do mundo, e foi a primeira a demonstrar as oportunidades tecnológicas e o grande potencial que essa solução inovadora apresenta para a economia e a sociedade.
Martin Daum, membro do Board do Grupo Daimler AG e chefe mundial das divisões Daimler Trucks e Daimler Buses, diz: “Como líder em nosso setor, fomos os pioneiros no desenvolvimento de caminhões autônomos. Em 2015, nosso Inspiration Truck da Freightliner conseguiu obter a primeira licença para rodar concedida a um veículo comercial autônomo. Agora, levamos esses caminhões para o próximo nível. Ou seja, lançamos o novo Cascadia parcialmente autônomo da Freightliner em 2019 – e depois, partiremos para os caminhões autônomos, que irão aumentar a segurança, melhorar o desempenho da logística e oferecer uma proposta de grande valor aos nossos clientes, contribuindo assim para um futuro sustentável dos transportes”.
A condução autônoma Nível 2 é uma realidade no novo Cascadia
Com o Active Drive Assist (Mercedes-Benz Actros, FUSO Super Great) e o Detroit Assurance 5.0 com Active Lane Assist (Freightliner new Cascadia), a Daimler Trucks já está trazendo recursos da condução parcialmente autônoma para a produção em série. O novo sistema consegue frear, acelerar e dirigir de maneira autônoma. Ao contrário dos sistemas que só funcionam acima de certa velocidade, o Active Drive Assist e o Detroit Assurance 5.0 tornam possível a condução parcialmente autônoma em todas as faixas de velocidade.
Nível 4 amplia a segurança, a eficiência e a competitividade
Os caminhões autônomos (Nível 4) oferecem muitas vantagens. Atualmente, há uma crescente demanda na sociedade por estradas mais seguras e soluções de transporte mais sustentáveis – e os caminhões com Nível 4 podem contribuir para isso. Esses veículos melhoram a segurança devido ao grande número de sensores e sistemas que nunca ficam cansados e nem deixam de estar atentos.
Essa tecnologia também melhora a eficiência e a produtividade devido ao maior uso dos veículos. É possível, por exemplo, viajar à noite e evitar os congestionamentos por meio do gerenciamento inteligente das rotas. Isso tem efeitos positivos para os clientes de caminhões e para toda a economia: a competitividade está fortemente relacionada com a eficiência da logística. Esse aspecto se torna cada vez mais relevante, pois se prevê que o volume global de transporte rodoviário de carga vai mais que dobrar entre 2015 e 2050.
Direção autônoma já é realidade na linha Mercedes-Benz no Brasil
Em 2018, a Mercedes-Benz do Brasil, em parceria exclusiva com a Grunner, empresa de tecnologia para o campo, lançou o Axor 3131 com direção autônoma. Esse é o primeiro caminhão da marca com condução autônoma a ser utilizado numa operação diária de colheita de cana-de-açúcar no Brasil.
O Axor 3131 atua lado a lado com as colhedoras de cana, também de condução autônoma, que fazem a colheita e o corte, já lançando a cana picada diretamente na carroçaria do caminhão. Terminado o carregamento, o motorista assume o controle do Axor para a etapa de transbordo aos treminhões, ou seja, o descarregamento da carga nos caminhões de maior capacidade, que completam o ciclo de transporte levando a cana às usinas de açúcar e etanol.