O Brasil ainda está a anos luz de atraso em relação à forma como deveria tratar seus animais, respeitando-os e os protegendo da maldade humana que grassa por aí. Para muitos humanos {que se dizem racionais}, os animais não passam de meros objetos de consumo, e, por vezes, de justificado entretenimento covarde; é o caso de caçadores e outros que se aproveitam desses anjos…
Felizmente, alguma coisa tem melhorado em pontos alternados do país. Um dos bons exemplos reside justamente em Cuiabá, a calorenta capital mato-grossense: nas gestões anteriores à de Emanuel Pinheiro, os animais de rua tinham endereço certo para uma morte torturante: o Centro de Zoonoses da capital. Ali, cães e gatos eram acondicionados aos montes dentro de um quartinho. Ato seguido, ligavam uma mangueira à descarga da própria “carrocinha” (veículo) que recolhia os pobres andarilhos de rua. O motorista acelerava forte e o monóxido de carbono fazia seu trabalho assassino…
Toda a vizinhança do Centro de Zoonoses ainda se lembra dos uivos aterradores de cães sendo assados vivos nessa improvisada câmara de gás, temperatura acima dos 70 graus. Os animais que resistiam ao monóxido de carbono eram mortos a pauladas. Diariamente, mais de 40 perdiam a vida nesse recinto de terror.
Tal realidade só mudou a partir do instante em que a gestão Emanuel Pinheiro assumiu o comando do Palácio Alencastro, decretando o fim dessa tortura assassina. Fez mais: instituiu medidas protetoras aos animais de rua, a exemplo da criação da Diretoria de Bem-Estar Animal, que dispõe, inclusive, de viatura para socorrer algum animal acidentado, ou que esteja sendo maltratado em alguma residência ou via pública. Vários torturadores foram denunciados e presos em flagrante.
Lógico que, a princípio, houve estranheza geral a essa postura adotada rigidamente pelo prefeito Emanuel Pinheiro, visto que a população estava acostumada a ver a “carrocinha” laçando cães sem o menor cuidado para, depois, assassiná-los covardemente no Centro de Zoonoses. Para as administrações anteriores, infelizmente, os bichos não passavam de tralha inútil; incômodo que a sociedade precisava expurgar de qualquer forma, mesmo com a utilização de métodos cruéis.
Funcionários mais antigos do Centro de Zoonoses de Cuiabá dizem ainda recordar as cenas de horror que presenciaram {ou participaram} naquele lugar por ordens expressas dos seus superiores. A regra vigente era matar, não facultar qualquer iniciativa para adoção (agora intitulada de Adoção Responsável).
Com a proximidade das eleições municipais, o temor dos protetores de animais de Cuiabá é de que o Palácio Alencastro volte a ter gestores descomprometidos com a causa animal. Pior: que possam ressuscitar no Centro de Zoonoses as práticas hediondas de assassinato em massa perpetradas no passado.
Outras medidas baixadas pelo Executivo para ampliar a proteção aos animais
O prefeito Emanuel Pinheiro ainda proibiu acorrentar animais em residências ou ambientes comerciais. E tem dito que preza muito os animais pelo que conhece dos seus sentimentos. “Os animais possuem sentimentos nobres, a exemplo de amor, saudade, lealdade, etc. Sequer guardam mágoa daqueles que os maltratam, apenas muito temor”. Também está em curso a criação do Hospital Veterinário Público.
Atualmente, as instalações do Centro de Zoonoses já não lembram em nada os campos nazistas em que Hitler exterminava judeus. As viaturas do órgão (“carrocinhas”) ficam estacionadas o tempo todo no pátio. Só se deslocam dali para atender chamados de suspeita de animal com raiva. Mas, diferentemente do que acontecia antes, agora os animais são colocados sob cuidados dos veterinários da Diretoria de Bem-Estar Animal para avaliação clínica do caso. A eutanásia (humanizada) é o último recurso aplicado.
Os integrantes da Diretoria de Bem-Estar Animal ainda tratam dos animais recolhidos nas ruas (atropelados ou doentes), castrando-os e disponibilizando para adoção. Quer dizer: vê-se por lá hoje algo que ninguém imaginava que pudesse acontecer tão cedo. Ocorreu humanização extensiva da gestão também aos animais de rua. Atitude que os protetores aplaudem insistentemente.
Na avaliação da coordenadora do Centro de Zoonoses de Cuiabá, Alessandra da Costa Carvalho, essa mudança impactou sensivelmente o município. “Os animais agora são olhados com mais carinho e atenção. Muitos se surpreenderam a princípio, não imaginando que uma administração também pudesse se preocupar em implementar medidas protetoras aos animais. O prefeito Emanuel Pinheiro tem esse trunfo humanizado em mãos, sem dúvidas!”.
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