Redação – A fisioterapeuta Cristiane Carrasco esteve hoje (3) na Tribuna Livre do Legislativo para apresentar o livro que será lançado oficialmente neste dia 5 de julho, na Livraria Janina, Shopping Pantanal (Cuiabá), a partir das 19h. A obra, intitulada de “Largue o pacote de sal”, segundo explicou a autora, é uma simbologia, metáfora que representa sentimentos não externados, a exemplo de ódio, rancor, vingança, falta de perdão, culpa, ressentimentos em geral. “Isso traz como consequência uma série de fatores negativos ao corpo e, também, ao espírito”, alerta. “Daí advêm doenças da alma e as físicas, que acabam se interpondo como dissabores na vida das pessoas. A abordagem no livro é que, através do perdão, podemos largar “todos os pacotes de sal” e ser apenas as pitadas do produto por onde passarmos”. Isso inclui, diz, a trajetória do ser humano junto à família e sociedade, em geral.
Natural de Londrina, Paraná, Cristiane constituiu família em Cuiabá, casando-se com o paulista Marco Aurélio Ribeiro Coelho Júnior, com quem concebeu duas filhas, Jamille Vitória e Isabelle Coelho. “A família é meu alicerce de incentivo, motivação. Tive total apoio de todos os entes queridos quando decidi elaborar a obra. É um livro de autoavaliação sobre a pessoa, em si, o seu interior, sentimentos mal-resolvidos e uma série de conflitos que podem tumultuar o bem-estar. A proposta é que cada um consiga se autoavaliar através dos seus sentimentos e ir ao encontro desta grande ferramenta chamada perdão”.
O livro de Cristiane, que é missionária, surgiu a partir de um diário deixado por sua mãe, Marilza Helena Carrasco – acentua -, onde a genitora cita seu grande legado à família no tocante à importância do perdão. “Ela entendeu a essência do perdão, depois de passar por vários conflitos, que serviram de aprendizado para seu crescimento emocional e espiritual”. Cristiane acrescenta que, até então, não tinha uma proposta específica na área de literatura, limitando-se a colaborar com artigos e crônicas na mídia.
“Na realidade, nem cultuava essa percepção de me tornar escritora. Hoje, posso assegurar literalmente que foi uma inspiração divina, e o conteúdo do livro foi surgindo gradualmente, incluindo título, subtítulo, capítulos. Inclusive, num dos capítulos faço referência à minha mãe, ressaltando sua história, traumas vivenciados desde à infância até a fase adulta, com filhas, e a consequente superação. No seu rosto, via-se claramente nuances de tristeza, decepções, o que logo se transformou, quando teve um encontro espiritual com Deus, passando a resplandecer vivacidade feliz. Passou a estudar a palavra de Deus e a entender a essência do perdão. Perdão é uma atitude, não sentimento. Equivale a rasgar a promissória do ofensor, cancelando a dívida. Não é um ato de merecimento ao ofendido; não perdoamos porque a pessoa merece, deve ser frisado: trata-se de uma decisão independente. Juntamente com o perdão vem a graça, Deus perdoando o pecador sem que ele mereça isso”.
Para o presidente do Legislativo, Justino Malheiros, o livro de Cristiane é bastante instrutivo, pois aborda uma questão sumamente importante na vida das pessoas: a capacidade de perdoar. “Se nós fôssemos perdoar todos que nos agridem com palavras e até fisicamente, tudo seria mais compensador no decorrer dos dias futuros. Pois não se concebe felicidade quando existe ódio ou qualquer sentimento rancoroso entre nossos objetivos e o dia a dia de convívio com nossos semelhantes. O perdão é o principal alicerce de construção do amor, do entendimento que devemos ter em relaçaõ ao mundo e tudo que nele acontece. Perdoar, a meu ver, é o passo mais próximo da felicidade”.
Cristiane também finalizou seu pronunciamento ao enfatizar os benefícios concedidos pelo perdão. “Pedro perguntou para Jesus: – Mestre, quantas vezes devemos perdoar?” (se seria sete vezes). E Jesus respondeu: – Até setenta vezes sete. O que significa, diz a escritora, um número simbólico, que pode traduzir a ideia de infinito, de concessão perpétua do perdão. “Assim, o meu livro é repleto de metáforas, que nos levam a uma reflexão maior, ou seja: de olhar pra si próprio do que julgar o outro”.