Já ouviram aquela máxima de que “as aparências enganam?” Pois é, o Cavernas Rock Bar que o diga. É um barzinho tipicamente descompromissado com a postura direitinha dos demais, ainda que tudo funcione bem por lá (serviços de bebida e música – principalmente música). De forma pontual, impecável e sempre bem-afinadas, as bandas mais exóticas de Cuiabá e Mato Grosso batem plantão servil nas noites tórridas ou geladas da capital, apresentando memoráveis shows.
O site limitou-se a um bate-papo informal com pessoas ligadas ao Cavernas Rock Bar, a fim de tentar entender o motivo de tanto sucesso do barzinho. Ficaram várias interpretações no ar. Daí estarmos hoje limitados apenas a externar uma opinião vaga a respeito do que sentimos por algumas horas no ambiente. O Cavernas é fonte preciosa de angariarmos amizades interessantes.
Aliás, o barzinho cavernoso faz com que a gente seja acometido de sensações diferentes, algumas bem estranhas: sentimo-nos 100% à vontade entre pessoas vestidas de preto e ostentando aberrantes tatuagens pelo corpo inteiro.
O clima prazeroso inclui o desfile de mulheres lindas, algumas exímias jogadoras de sinuca, e rapazes encorpados, no mais autêntico estilo lenhador. Porém, a cordialidade, repito, é geral no Cavernas, imprime doce sentimento de paz…
Outra curiosidade do chegante é em relação ao guarda-roupas disponibilizado à entrada, repleto de terninhos femininos e roupas masculinas. O experimenta trajes não para, e fica no ar a impressão de que todos se preparam para determinado ato teatral. Errado: é apenas para circular no salão de shows ao fundo do bar, de onde emana forte música roqueira.
Do pequeno palco elevado, vocalistas não hesitam em destilar gritaria roufenha, seguindo-se acordes de incrível tonalidade musical. Mesclagem que torna impossível à galera mais abaixo se manter parada e nãos sacudir o corpo em evoluções extasiantes.
A sinistra decoração geral do Cavernas Rock Bar envolve quadros de predadores pré-históricos, crânios e bruxas. Ornamentos entranhados na meia luz de tonalidade vermelha que varre o interior do saguão de entrada. Há ainda uma disputada mesa de sinuca, e cada tacada emite eco solitário ao redor, conseguindo, por milésimo de segundo, a proeza de alquebrar o bate-guitarra festivo do salão abaixo.
O fato é que o Cavernas Rock Bar não tem nada de tenebroso, muito pelo contrário: é receptivo sob todos os aspectos. Detém aquilo que qualquer cliente considera essencial num ambiente similar: estrutura de serviço adequada e atenção carismática. Características que se evidenciam a partir da entrada no seu soturno saguão e pelo entra/sai frenético de vampirescos sedentos apenas de bons momentos alegres e de papo inteligente. Que o digam o viajante acima (e) e o roqueiro/sertanejo ao lado. Em síntese, o barzinho oferece tudo isso sem cerimônias. Vale a pena conferir tamanha acolhida pessoalmente!
Por João Carlos de Queiroz, editor-geral