Casa Branca ordenou sigilo de decisões sobre coronavírus, dizem fontes

Reuniões entre funcionários foram tratadas como confidenciais Por Aram Roston e Marisa Taylor, da Reuters* - Washington

A Casa Branca determinou a autoridades de saúde federais a tratarem as reuniões entre funcionários de alto nível sobre o coronavírus como confidenciais, uma medida incomum que restringiu informações e atrapalhou a resposta do governo norte-americano ao surto, de acordo com quatro autoridades do governo Trump.

As autoridades afirmaram que dezenas de discussões confidenciais sobre assuntos, como o alvo das infecções, quarentenas e restrições de viagem, estão sendo mantidas em sigilo desde meados de janeiro em uma sala de reuniões de alta segurança no Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), um órgão crucial na luta contra o coronavírus.

Funcionários sem autorização de segurança, incluindo especialistas do governo, foram excluídos dos encontros entre agências, que incluíram teleconferências, afirmaram as fontes.

“Tínhamos pessoas bem importantes que não tinha autorização de segurança e não puderam participar”, disse uma das autoridades. “Essas reuniões não deveriam ser confidenciais. Isso foi desnecessário.”

As fontes disseram que o Conselho de Segurança Nacional (NSC), que aconselha o presidente em questões de segurança, ordenou a confidencialidade. “Isso veio diretamente da Casa Branca”, disse uma das fontes.

A insistência da Casa Branca em manter segredo na principal organização de saúde do país, o que não havia sido revelado anteriormente, travou algumas informações e potencialmente atrasou a resposta à crise. A Covid-19, doença causada pelo vírus, matou cerca de 30 pessoas nos Estados Unidos e infectou mais de mil pessoas até agora.

*Agência de notícias britânica

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