Campeão de karatê, jovem cuiabano também comemora conquista universitária

Enquanto muitos jovens ingressam por descaminhos que os levam a destinos obscuros, o jovem cuiabano Daniel C. Cunha Nobre Alípio optou, desde criança, pelo ingresso obstinado na área esportiva. Tornou-se então habilidoso lutador de karatê, obtendo graduações que o levaram a conquistar a sonhada faixa preta dessa categoria de artes marciais.

De lá pra cá, para orgulho da família, Daniel passou a acumular títulos e mais títulos em disputados torneios de karatê sediados no Brasil e exterior. Na Itália, ele se consagrou igualmente vitorioso em 2017, ao enfrentar atletas gabaritados daquele país; campeonato que mobilizou diversas federações do mundo inteiro.

Arquivo Pessoal
Daniel com Profeta (e) e o deputado Botelho: incentivadores

O último troféu que tem exibido aos familiares, amigos e apoiadores esportistas é de estudante universitário  em Odontologia. Trata-se de uma outra conquista que Daniel perseguiu com dedicação, pois sempre teve no setor odontológico seu maior atrativo profissional.

Daniel no curso universitário de Odontologia
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– Continuo lutando, lógico, ciente de que, graças à percepção lúcida proporcionada pelo karatê, pude galgar mais um importante degrau em minha vida. Ser odontólogo era algo que concebi quando adolescente, na fase estudantil básica. “Serei dentista”, dizia constantemente a quantos me questionavam sobre aptidões futuras.

Daniel continua sendo requisitado para participar de torneios de karatê em Mato Grosso e em outros estados, mas defende que, agora, os estudos universitários têm tomado grande parte do tempo, antes dedicado integralmente aos tatames em que obteve títulos importantes.

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– Mesmo após me formar, e já no exercício regular da odontologia, nunca abandonarei o karatê. Lutar faz parte do meu âmago; é, diria, um calmante natural…

Segundo Daniel, ao contrário do que muita gente pensa, a prática de artes marciais aprimora consideravelmente o autocontrole mental, estabelecendo ampla segurança física.

– O lutador de karatê não objetiva nocautear ninguém, prostrar seus semelhantes no tatame, ou mesmo nas ruas: antes de tudo, é um pacificador, não deseja confrontos físicos. Só utiliza o karatê unicamente para se defender.

Daniel frisa isso porque muita gente tem ideia errônea a respeito do modo como pensa um lutador de artes marciais.

– Se uma pessoa tem amplo domínio do corpo e mente, é lutador exímio, não partirá para agredir seu semelhante, pelo contrário: fará de tudo para evitar o corpo a corpo. Conforme disse, o karatê só será empregado em último caso, em defesa própria.

“A prática do Karatê abriu minha mente”, explica Daniel. “Sinto-me gradualmente em paz…”

A exemplo de outras lutas, com enfoque nas artes marciais orientais, o karatê é esporte benigno, define o atleta. Sua prática ininterrupta leva o atleta a um estado de graça consigo mesmo, explica Daniel:

– Quando mais você pratica karatê, mais se torna comedido, pessoa realmente adepta da paz. Inclusive, é um dos elementos encantadores dessa luta japonesa. Hoje, consigo ter noção ampliada dos benefícios que o karatê traz a quem se dedica fielmente à sua prática. Sempre lembrando que os maiores impactados, de forma positiva, são o corpo e a mente…

Por João Carlos de Queiroz, editor-geral

 

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