O atletismo brasileiro teve muito o que comemorar no fim de semana de Páscoa. O paulista Daniel Nascimento, o Danielzinho, foi bronze na tradicional Maratona de Seul (Coreia do Sul) neste domingo (17), com direito à quebra de recorde brasileiro e sul-americano com o tempo de 2h04min50, que vigorava há 23 anos – a melhor marca era do mineiro Ronaldo da Costa (2h06min05), obtida em Berlim. No sábado (16) quem brilhou foi o medalhista olímpico Alison dos Santos, o Piu, que faturou a prata na prova dos 400m rasos do Golden Games, como tempo de 44s54. O Golden Games integra a série ouro do Continental Tour, da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics).
Nascido em Paraguaçu Paulista (SP), Danielzinho já havia se destacado com o segundo lugar na última Corrida Internacional de São Silvestre, em dezembro. O paulista foi um dos representantes do país na maratona da Olimpíada de Tóquio (Japão), no ano passado. Neste domingo (17), na Maratona de Seul, Danielzinho só foi superado pelos etíopes Mosinet Geremew (2:04:43) e Herpasa Negasa (2:04:49).
No sábado (16), na primeira competição da temporada 2022, Piu foi vice-campeão dos 400m rasos do Golden Games, com o tempo 44s54, apenas 26 centésimos atrás apenas do primeiro colocado, o norte-americano Michael Cherry (44s28). Com a marca, Piu passou a ser o segundo brasileiro e o terceiro sul-americano mais rápido da história da prova. O santista Sanderley Parrela, prata no Mundial de Sevilha (Espanha), segue liderando com a melhor marca (44s29), obtida em 1999.
“Ele competiu cansado porque ainda está treinando muito forte. Apesar disso, eu esperava que ele corresse na casa dos 44 segundos. Ele tinha feito alguma coisa próxima disso no Mundial de Revezamento, no ano passado, mas foi no revezamento. Agora, conseguimos encaixar uma boa prova para abrir a temporada”, comentou o treinador Felipe de Siqueira. “Vamos voltar às atenções para os 400 m com barreiras e ele compete no dia 30 de abril nos Estados Unidos e depois partimos para etapas da Liga Diamante”, concluiu o técnico, em depoimento à Confederação Brasileira de Atletismo).
Edição: Cláudia Soares Rodrigues