Após dois anos de pandemia, o grupo Doutores da Alegria está de volta às unidades de saúde do estado do Rio. Eles retornaram com atrações de artes cênicas, música e dança, emocionando pacientes, acompanhantes e profissionais.
A reestreia foi no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, com a apresentação da Banda Bagunço, que encenou o espetáculo “Pílulas sonoras, o Cortejo hospitalar do Bagunço”.
Além de fazer a curadoria do projeto Plateias Hospitalares, os Doutores da Alegria oferecem formação aos artistas, orientando e adaptando os espetáculos para o ambiente hospitalar, incluindo o cumprimento do protocolo de segurança sanitária de prevenção e controle da covid-19.
Na última quinta-feira (14), foi a vez dos pacientes do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, receberem o cortejo. Também receberão visitas dos Doutores da Alegria os hospitais estaduais Eduardo Rabello, em Campo Grande, e o Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.
“A parceria da Secretaria de Estado de Saúde com os Doutores da Alegria é bem-sucedida há mais de uma década, e este retorno é muito significativo para a nossa rede. Possibilita momentos de descontração para toda a comunidade hospitalar, trazendo leveza em uma fase em que as pessoas estão enfrentando desafios diversos”, disse, em nota, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.
Acesso à cultura
O projeto Plateias Hospitalares foi criado em 2009 para promover o acesso à cultura, por meio de uma programação voltada a pacientes adultos e idosos, crianças e comunidades do entorno de hospitais públicos do estado do Rio.
A ideia é trabalhar para que, cada vez mais, um hospital seja um espaço não somente de cuidado, mas de promoção da saúde em que a arte é coadjuvante.
Em 13 anos de existência do projeto, já foram realizadas mais de 500 apresentações, envolvendo mais de 300 artistas, e plateias com mais de 100 mil pessoas.
A organização Doutores da Alegria introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo há 30 anos junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos. O trabalho é gratuito para os hospitais e mantido por doações.
Edição: Kleber Sampaio