Por Redação Site – Talvez tenha sido mesmo apenas uma “visita de cortesia” de país aliado, com impessoal tchau posterior, sem maiores comprometimentos de sequenciar a prometida ajuda. Foi essa a impressão reinante após a vinda dos militares de Israel com o objetivo de”socorrer” as vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho. Mal chegaram e já anunciaram estar partindo, como de fato ocorreu no fechamento do mês.
O alardeado apoio de Israel à tragédia mineira não chegou a 10% das expectativas inicialmente traçadas pelos tupiniquins. Antes do desembarque dos militares israelenses, o Brasil inteiro já sabia que eles tinham em mãos aparelhos de alta tecnologia, capazes de localizar corpos soterrados debaixo de não sei quantos metros de lama. Mesma aparelhagem utilizada no resgate exitoso dos meninos tailandeses e do técnico de futebol, que permaneceram dias confinados numa caverna semi-inundada.
Pois bem: o jato militar israelense aterrissou em Confins (Belo Horizonte) totalmente equipado para resolver a situação que os militares brasileiros não estavam conseguindo no tempo desejado {localizar os corpos}. Mesmo porque o Brasil não dispõe os equipamentos avançados para missões de resgate. Cães farejadores também acompanharam os militares nessa missão de socorro ao Brasil, que todos entenderam ser uma resposta positiva ao bom relacionamento existente entre as Nações-irmãs, recentemente reforçado com pompas por ocasião da posse do novo presidente, Jair Bolsonaro.
Porém, ao invés de auxiliar a resolver as dificuldades em Brumadinho, a equipe de Israel partiu após ser agraciada com honras militares pelo governo mineiro, honraria concedida em face dos “serviços solidários prestados ao Brasil”. Ninguém entendeu nada. Equivale a honrar um construtor que deixou o prédio ainda no esqueleto.
O Exército Israelense, após dizer que permaneceria no Brasil o tempo que fosse necessário, reembarcou em poucos dias depois o arsenal de equipamentos que prometia ser resolutivo para resgatar corpos submersos na lama em Brumadinho e proporcionar às famílias enlutadas um funeral digno para seus entes queridos.
Interessante foi isso: o grupo israelense nem esperou o presidente Bolsonaro deixar o Hospital Albert Einsten, procedimento que seria no mínimo ético. O equipado jato militar, que prometia desencadear as soluções tanto ansiadas pelos brasileiros, decolou e até sobrevoou a região de Brumadinho ao fixar rota de volta pra casa, em Israel. Enquanto efetuava essa operação, as buscas continuavam lá embaixo.
Pelo menos, dirão alguns, eles estiveram em solo brasileiro, fizeram alguma coisa, por menor que fosse. Outros aliados pretensiosamente solidários sequer deram os ares solidários no chão tropical do país…
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