Akane Lizuka: vocalista oriental empresta show talentoso à noite cuiabana nesta quinta

Há pouco tempo no Brasil, Akane diz ainda não estar acostumada à língua tupiniquim. O que não impede aplausos efusivos de quantos são presenteados em ouvi-la cantar.

Redação siteNão são todos os artistas que se sentem aptos a conquistar um público seletivo. Ou que têm poder de edificar tal proeza. E se a música está em cena, a coisa assume papel ainda mais delicado: não há lugar para improvisações, o típico “faz-de-conta-que-canto-bem-e-agrado-a-todos”. Porque, quando inexiste talento proporcional à propaganda e ansiedade de quem quer ouvir algo bacana, então fica difícil captar aplausos. Eles se retraem tímidos, no anonimato do zum-zum-zum de conversas aleatórias e atividades comuns à noite em curso.

Não é, decididamente, o caso da talentosíssima Akane Lizuka, hoje no cenário artístico brasileiro para brindar as noites cuiabanas de pura perfeição musical. Trabalho que empreende com largo sorriso de satisfação inesgotável, além de, vez ou outra, utilizar-se de pequenos instrumentos de sopro para assediar o compasso instrumental do colega Claudiney, músico integrante da Banda da Polícia Militar de Mato Grosso. Ambos têm notória sintonia cúmplice com a música e aberto otimismo prazeroso de interpretação.

Akane Lizuka e Claudiney, parceiro musical, após uma apresentação em Cuiabá

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Akane é uma das raras exceções de legitimidade talentosa no disputado mercado artístico. Faz da música exatamente o que quer; e assim todos suspiram felizes, resignados à força contemplativa de sua evolução metódica e apaixonante…

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Pois bem: nesta quinta-feira, mais uma vez, a charmosa oriental volta ao palco-show da noite cuiabana, apresentação que terá lugar num barzinho próximo à Arena Pantanal. Irá, sem dúvida, aquecer mais corações, e transmutar em alegria lacrimejante as emoções de quem poderá ouvi-la  desfiando sucessos flash-back com impecável dicção americana, apesar da confessa procedência natalina, terras do Sol Nascente.

Talvez a artista Akane Lizuka tenha conseguido acalentar outro feito na sua agenda de talentos pródigos: elegeu, sem constrangimento, duas bandeiras no seu âmago viajante, e cada uma delas imbuída dessa impetuosidade entusiástica que abrilhanta seu gingo evolutivo no mundo da música.

“Amo meu país, o Japão”, Akane disse sorrindo, de forma cândida, durante um breve intervalo na última apresentação cuiabana, oportunidade em que bebericou sofregamente bons goles de água fresca, sua bebida predileta. Mas os olhinhos retesados da carismática oriental  sempre evidenciam luz apaixonada ao falar do Brasil. “Fica difícil não amar o Brasil. É tudo que uma artista deseja para evoluir”. 

O mais difícil, para quem assistiu ou irá assistir Akane em evolução de altíssima qualidade musical no frevo agitado da noite cuiabana, é não pensar que Deus teve uma preocupação especial ao criar o mundo: a música também teria que se associar à Sua criação, e produzir um aceno poético a todos os seres viventes, pode ter sido a dedução lógica do Senhor.

Assim, após muito refletir, Deus concebeu pássaros que assoviam primorosas obras-primas nas galhadas da liberdade, ou {tristemente} em gaiolas de confinamento injusto, e seres humanos igualmente capacitados a doar sua arte musical sem a menor cerimônia. Akane foi nitidamente privilegiada. Ela faz mais do que cantar: sobrepõe-se às regras comedidas de cada canção, concedendo-lhe vazão de ineditismo incrível.

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Por João Carlos de Queiroz

 

 

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