“Presentão de Páscoa” para os amigos de Temer: STF acata pedido da PGR e concede alvará de soltura

Atendendo pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro Luís Roberto Barroso (STF) liberou ontem (31) os amigos do presidente Michel Temer, presos na Operação Skala. Alguns saíram sorrindo da carceragem da PF...

Redação – Neste Domingo de Páscoa (1), amigos próximos ao presidente Michel Temer, que estavam presos na carceragem da Polícia Federal, têm motivos extras para degustar, com mais apetite, os ovos de Páscoa: a obtenção da liberdade. A revogação da prisão dos investigados na Operação Skala, pelo STF, atendeu pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A procuradora argumentou que não se justificava mais a detenção do grupo, visto que a PF colheu depoimentos e pôde cumprir o objetivo legal da ação. O ministro Luís Roberto Barroso (STF) acatou o pedido, expedindo os alvarás de soltura. Todos saíram simultaneamente na noite de ontem (31), alguns até sorrindo.

Estavam detidas provisoriamente 13 pessoas, incluindo amigos próximos de Temer, a exemplo do ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi; José Yunes, ex-assessor do presidente Temer; coronel João Batista Lima; e o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco. Ainda constava do grupo a empresária Celina Torrealba, atuante na área Portuária e uma das donas do Grupo Libra.

A soltura dos investigados acarretou repercussão geral na mídia nacional e internacional, pipocando comentários revoltosos, inclusive nas redes sociais. A velha tese de que “rico não fica na cadeia, só ladrão de galinhas”, constou em algumas opiniões contrárias à concessão de liberdade aos “ricaços chegados ao presidente”.

O Ministério Público Federal suspeita de possíveis irregularidades cometidas quando da edição ido decreto dos Portos irregularidades. O ministro Luís Roberto Barroso, que expediu os alvarás de soltura, é o relator do inquérito instaurado em setembro/2017, com base em depoimentos (acordos de colaboração premiada) e provas colhidas nas investigações conduzidas pela Procuradoria Geral da República.

Ao ter conhecimento da prisão dos seus amigos, o presidente Michel Temer cancelou viagem agendada para ser feita durante o feriadão, reunindo-se no Palácio do Planalto para discutir a situação. Por meio de nota oficial, Temer rebateu a acusação de que teria beneficiado o grupo de empresários na edição do Decreto dos Portos, originário do Ministério dos Transportes entre setembro de 2016/maio de 2017. A Rodrimar é acusada de ter se beneficiado nas regras de licitação aprovadas para o setor de Portos.

Diante das evidências de envolvimento ilícito dos empresários, agora em liberdade, a figura política do presidente Temer sofreu mais um forte golpe de desprestígio, acelerando sua queda livre na opinião popular e engrossando os índices já altos de rejeição, conforme pesquisas de opinião pública. Isso compromete seriamente qualquer projeto de reeleição ao cargo presidencial, que, na opinião do próprio presidente, é plenamente viável, além de se constituir em “ponto de honra” aceitar a disputa.

Não é, contudo, o que pensa a maioria dos brasileiros, ora estarrecida diante das denúncias que envolvem seu nome e as dificuldades do Judiciário em prender o ex-presidente Lula, mesmo após condenação em 2a. Instância, pelo STF-4 Região.  Já se tornou tônica geral que Lula será mesmo candidato e vai retornar à cena palaciana amparado por esmagadora vantagem eleitoral. Mesmo quem não é petista tem nítida simpatia pelo ex-presidente e torce pela oficialização de sua candidatura.

(Editor-Geral, com informações do site EM).

 

 

 

 

 

Comentários estão fechados.