MUNDO JURÍDICO Principais erros que levam à desclassificação em concursos públicos e como evitá-los
A eliminação em concursos públicos por detalhes evitáveis é uma realidade para muitos candidatos
A busca por estabilidade e realização profissional leva milhares de brasileiros a disputarem concursos públicos. No entanto, muitos candidatos acabam eliminados por erros evitáveis que comprometem suas chances. Conheça os deslizes mais comuns e dicas práticas para se prevenir — incluindo exigências específicas das bancas como Selecon, Cebraspe e FGV.
1. Ignorar a importância do edital
O edital é um documento essencial que orienta o candidato sobre os requisitos, etapas, critérios de avaliação e documentos obrigatórios. Muitos candidatos cometem o erro de ler apenas superficialmente, focando nas datas e disciplinas, mas sem se atentar a detalhes específicos.
Em concursos organizados pelo Selecon, por exemplo, são comuns requisitos de formação complementar, como cursos de informática, que, se não atendidos, resultam em eliminação automática. Da mesma forma, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) costuma detalhar exigências para cada cargo com especificações que incluem experiência prévia ou qualificações adicionais. Ignorar essas informações pode ser fatal para a candidatura.
2. Desconhecimento da Banca Examinadora
Cada banca tem um estilo próprio de prova. Entender essas peculiaridades é fundamental para direcionar os estudos.
Cebraspe (antigo Cespe/UnB) adota o método de “uma errada anula uma certa”, o que exige uma abordagem mais cautelosa, evitando chutes.
A FGV é conhecida por questões mais interpretativas e complexas, especialmente em áreas como Direito e Administração.
Selecon frequentemente foca em questões que testam habilidades práticas, especialmente para concursos de áreas técnicas.
Estudar provas anteriores da banca pode ajudar o candidato a entender o tipo de pergunta e as áreas mais exigidas, maximizando suas chances de sucesso.
3. Perder o prazo de inscrição ou de envio de documentos
Esquecer o prazo para inscrição ou envio de documentos é um erro comum. Muitas vezes, a documentação exigida é detalhada, incluindo comprovações específicas como certificados de cursos complementares. Candidatos que deixam esses preparativos para a última hora correm o risco de perder prazos essenciais. Criar lembretes e alarmes para cada etapa do concurso pode ajudar a manter o controle e evitar a desclassificação por falta de documentos.
4. Confusão com nomenclatura dos cargos
Em concursos com várias opções de cargo, é comum candidatos se confundirem e se inscreverem para cargos diferentes do pretendido. Esse erro é especialmente frequente em concursos de órgãos estaduais e municipais, que muitas vezes têm cargos semelhantes com diferentes exigências de qualificação. Uma revisão cuidadosa antes de enviar a inscrição evita frustrações futuras.
5. Inobservância das normas de conduta na prova
O comportamento inadequado durante a prova também leva à desclassificação. As bancas, como Cebraspe, FGV e Selecon, mantêm regras rígidas sobre o que é permitido na sala de exame. Celulares, mesmo desligados, e saídas sem permissão são infrações que resultam em eliminação imediata. A recomendação é seguir estritamente as orientações dos fiscais e, se possível, evitar levar eletrônicos ao local de prova.
6. Falta de documentos e certificações complementares
Além dos documentos básicos, muitos concursos exigem comprovação de formação complementar, como certificados de informática. O Cebraspe, por exemplo, em concursos de cargos administrativos, costuma exigir certificados específicos. A falta desse tipo de qualificação é uma das principais causas de desclassificação. Por isso, é fundamental verificar cada item do edital com antecedência e providenciar os certificados exigidos antes do prazo final.
Conclusão: atenção aos detalhes é essencial
A eliminação em concursos públicos por detalhes evitáveis é uma realidade para muitos candidatos. Além do estudo das matérias, é crucial dar atenção total aos requisitos do edital e às peculiaridades da banca organizadora. Com organização e atenção, é possível superar essas armadilhas e garantir uma trajetória bem-sucedida rumo ao cargo público tão desejado.
*Artigo desenvolvido pelo advogado Wagner Luiz Ribeiro, atuante em Cuiabá-MT
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