Em campanha à reeleição, Emanuel Pinheiro aparenta estar confiante na vitória

Grande parte do eleitorado de Cuiabá diz confiar na administração do prefeito Emanuel Pinheiro, pouco se importando com as denúncias de corrupção veiculadas sistematicamente na mídia. Outra parte (igualmente expressiva) já denota veto prévio ao nome de Pinheiro para voltar ao poder...

O atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, tem demonstrado aparente tranquilidade no decorrer de sua campanha à reeleição no Palácio Alencastro: tanto que cumpre expediente normalmente e não foge da mídia que o encurrala acerca das denúncias de corrupção {relacionadas ao episódio do paletó}. Aos inquisidores, Pinheiro se sai sempre com uma máxima: “Estou trabalhando por Cuiabá. É dessa forma que qualquer gestor é avaliado nas urnas. Quanto aos adversários políticos, sempre teremos grupos opositores no exercício do cargo. É algo perfeitamente normal”.

Os contrários ao nome de Pinheiro alegam que ele não merece a reeleição por ter embolsado dinheiro de propina (mensalinho) na época em que era deputado estadual, o que lhe valeu o apelido de “Paletó”. Já os apoiadores do prefeito elencam que ele merece ser reconduzido ao cargo por estar desempenhando uma administração dinâmica e de enfoque social em Cuiabá.

Segundo o publicitário Ananias Costa, o prefeito Emanuel Pinheiro merece ser reeleito “por sua gestão clara, plena e transparente, sempre a favor do povo”. Na análise de Costa, “Cuiabá nunca esteve tão bem amparada em termos de obras sociais e estruturais  que beneficiam coletivamente a população”.

“Existem outros bons nomes na disputa, é inegável: não estamos aqui desmerecendo ninguém, quero frisar. Mas, na qualidade de gestor público, Emanuel não tem deixado a desejar, pelo contrário: de forma sequencial, desde que assumiu o Palácio Alencastro, desencadeou uma série de benefícios que a população reclamava há tempos.  Cuiabá inteira, por assim dizer, virou canteiro de obras na sua gestão”.

Considerado um dos críticos mais ferrenhos das administrações de Cuiabá, o enfermeiro Marcelino Antunes Silva, lotado no Pronto Socorro de Cuiabá (antigo), endossou as palavras do publicitário Ananias. Segundo ele, durante anos os servidores padeceram sem condições de trabalho nas unidades de Saúde. Isso se refletia também no âmbito dos pacientes atendidos deficitariamente pelo SUS no Pronto Socorro de Cuiabá (General Valle). “A gestão humanizada de Emanuel resolveu grande parte dessas falhas”, pontua.

Mas nem tudo são flores na campanha à reeleição de Emanuel Pinheiro: muitos dos seus antigos eleitores (inclusive servidores municipais) debandaram para a oposição após a divulgação do vídeo do então deputado estadual embolsando dinheiro no paletó. “Nele, eu não voto nunca mais”, afirmam taxativamente, pedindo para não ser identificados. Há o temor clássico de perseguição política caso o prefeito seja reeleito.

Os demais nomes oficializados na disputa ao Palácio Alencastro têm feito sombra perigosa à reeleição de Emanuel (MDB), a exemplo do vereador Abílio Júnior (Podemos) e o ex-prefeito Roberto França (Patriotas). São candidaturas endossadas por expressiva faixa do eleitorado cuiabano, ansiosa por mudanças. Existem outros nomes, mas sem muita expressão popular.

Se essa estratégia adotada por Emanuel vai dar ou não certo, isto ninguém sabe, por enquanto. Porque, a despeito do alarde das denúncias de corrupção, ele prossegue inaugurando obras e desenvolvendo ações sociais que a população reivindica. Resta as urnas conferirem em novembro próximo se esse jogo de Pinheiro é xeque-mate garantido ou se seus opositores estão com lugar garantido no sétimo andar do Palácio Alencastro.

 

 

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