Prefeito recebe representantes da classe cultural para definir ações para os 300 anos

Prefeito Emanuel Pinheiro salientou o papel de mediador do executivo municipal com a cultura cuiabana

Alessandra Barbosa – O prefeito Emanuel Pinheiro recebeu na tarde desta quarta-feira, 17, em seu gabinete no Palácio Alencastro, representantes dos segmentos da cultura cuiabana, com a finalidade de ouvir os anseios da classe e assim construir uma agenda cultural para os 300 anos da Capital.

À convite do prefeito, artistas e produtores participaram do encontro com o objetivo fundamental de estreitar as relações do município com o setor. A sugestão inicial foi convidá-los a auxiliar na construção de um comitê para os 300 anos, com a intenção de potencializar as ações artísticas na Capital, seguindo o princípio da democratização da arte.

Uma das maneiras de democratizar este acesso é transformar o município em um agente facilitador para consumo da arte, como por exemplo, a inserção de um “Passaporte Cultural”, semelhante aos adotados por algumas cidades brasileiras, assegurando o acesso do cidadão aos mais variados produtos culturais e, até esportivos. Iniciativas como estas que acabarão fomentando a cultura, o esporte e consequentemente o turismo. Mesmo ainda sendo uma ideia embrionária, o gestor fez questão de colocar aos convidados que a prefeitura está pronta para ouvir as suas demandas.

“Sempre penso na cultura como um todo. E diante dos 300 anos de Cuiabá, eu quis ouvi-los e entender qual a melhor maneira de poder ajudá-los. Eu quero é pedir a vocês que façam seus projetos e apresentem suas ideias ao secretário Vuolo, ao secretário Junior Leite para estudarmos juntos, a possibilidade de viabilizá-los, tornando isso uma coisa perene”, disse Emanuel Pinheiro.

Entretanto, o prefeito ressaltou durante a reunião, que o convite foi feito para que se faça uma reflexão sobre o queremos para a cultura? Como o setor define as políticas culturais que devem ser adotadas para esses objetivos sejam alcançados? Como construir um novo momento entre o poder público e o cultural? O que pretendemos? O que o artista espera para a produção cultural local? Quais os caminhos para conseguir a política cultural desejada? Entre outros questionamentos…

Conforme os diálogos foram se estendendo todos foram unânimes que é necessário mudar o olhar da sociedade na forma de tratar a cultura, a partir de agora baseada na Educação.

Representantes dos vários segmentos expuseram suas sugestões. No audivisual os produtores gostariam que Cuiabá tivesse um polo especializado na geração de mão de obra para a indústria do cinema. Os representantes do Siriri e Cururu pedem o fortalecimento do festival de Siriri, estendendo o olhar para os distritos cheios de histórias, como o Coxipó do Ouro e a Nossa Senhora da Guia. As artes cênicas tem interesse em ocupar um casarão do centro histórico e transformá-lo numa escola de teatro. Ou seja, investir na cadeia produtiva da cultura através das bases.

“A nossa intenção, comungada com a do prefeito, que é de criar uma cultura consistente que não seja só para as comemorações dos 300 anos de Cuiabá, mas para os próximos 300 anos que ainda estão por vir. Eu como representante da música, gostaria de colaborar com a cultura mexendo na grade curricular e incluindo aulas que esclareçam o que significam as ladainhas, o que diz as cantorias do cururueiro, desvendar os instrumentos musicais como a viola de cocho, por exemplo,” pontuou Vera Capilé.

Finalizando o encontro, ficou definido que os segmentos serão recebidos, coletiva e individualmente, para apresentarem suas propostas às pastas da Cultura e dos 300 anos.

A reunião organizada pela assessora de assuntos estratégicos da secretaria dos 300 anos, Silvana Cordova contou com a presença dos artistas e produtores Bruno Bini, João Mateufel, Vera Capilé, Sandro Lucose, Caio Ribeiro, Margarethe Xavier e Valdemir Taques.

 

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