Jayme e Taques: amigos, amigos, política à parte…

Nome do ex-governador Jayme Veríssimo de Campos desfruta de folgado aval popular pela transparência e dinâmica com que administrou Várzea Grande e o Governo de Mato Grosso, além de desenvolver excelente trabalho no Senado da República. Tudo sem a mínima mácula de dúvida à sua integridade moral, de comprometimento extremado com a população mato-grossense

Por João Carlos de Queiroz, jornalista – O ex-governador Jayme Campos, hoje secretário de Assuntos Estratégicos em Várzea Grande, está a pleno galope na sucessão estadual. Mas é melhor que alguém o avise disso, pois o próprio Jayme não está nem aí para a popularidade crescente do seu nome no cenário político mato-grossense, a ponto de já sombrear o projeto de reeleição do governador Pedro Taques, de quem é amigo pessoal.

Jayme detém essa vantagem espontânea pelo prestígio crescente que adquiriu na vida pessoal, empresarial e política. Deu mostras inegáveis de como conduzir, dinamicamente, as máquinas administrativas municipal (Prefeitura de Várzea Grande) e estadual (Governo de Mato Grosso). E no âmbito federal, quando exerceu brilhante cargo de senador da República, foi um dos mentores de grandes projetos, via emendas parlamentares. A maioria tem beneficiado longínquos quadrantes de Mato Grosso, não somente o reduto da Baixada Cuiabana, também marco elogiável de várias ações resolutivas.

Com a consciência tranquila de quem sempre trabalhou honestamente e de maneira determinada, Jayme desconversa quando inquirido por jornalistas se seu nome está à baila no processo de sucessão estadual. No fundo, tem consciência do seu poderio político, posição praticamente imbatível, em termos de confiabilidade perante o eleitorado. Mas, pelo pouco que fala e o muito que gesticula, fica evidente que o ex-governador não quer atrapalhar a reeleição do amigo Pedro Taques, aliado de primeira hora na administração transparente da prefeita Lucimar Campos, em Várzea Grande.

Governador Pedro Taques: projeto de reeleição não tem nenhum adversário de renome até agora. Jayme Campos seria o único nome preocupante. Foto Governo de MT

 

Há quem profetize que, em se tratando de política, lealdades do tipo costumam ruir facilmente. Ou seja: “amigos, amigos, política à parte”. Não é o caso de Jayme Campos, apostam correligionários e pessoas mais próximas. Outros já admitem que Jayme retornará algum dia ao Senado da República, onde deixou impressas suas digitais de trabalhador das causas populares. Sempre agiu desse modo sereno, humilde, apesar de alguns o tacharem de esquivo, elogiando a matraca aberta e simpática do irmão Júlio Campos, também ex-governador e ex-senador.

O mais importante é que temos bons nomes prontos para o páreo sucessório no Estado, independente de pressões amigas ou políticas (de grupos aliados ou não). A própria fidelidade partidária de Jayme pesa também nesse aspecto, pois ele sempre manteve laços íntegros com os democratas, enquanto outros saíram saltitando de galho em galho, feito macacos. Parece até cena de filme de Tarzan e seus chipanzés acrobatas…

Ainda cabe aqui um outro detalhe: o atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques, está 100% à vontade para ser reeleito, caso Jayme ou Júlio se mantenham arredios para encampar a chapa majoritária. Fala-se, aleatoriamente, em Mauro Mendes, mas as possíveis pretensões do ex-prefeito cuiabano esbarram, primeiro, em vetos familiares, somando-se a previsíveis empecilhos de percurso.

A alardeada aglutinação de aliados políticos à suposta candidatura de Mauro – é outro entrave – registra alta rejeição precoce. Seria o mesmo que tentar costurar uma colcha de retalhos fragmentada pela exposição às intempéries da natureza. Aí, Pedro Taques, conforme já disse, pode se sentir praticamente vitorioso por antecipação. E assim adentrar triunfante pelo Sambódromo da Política Estadual, antes mesmo de as baterias adversárias rufarem alguma ameaça de descarte simplório à manutenção de poder na cadeira número 1 do Palácio Paiaguás.

 

 

 

 

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