Flamenguistas devem se preparar também para uma possível derrota contra os argentinos
Por maior que seja a euforia pré-jogo entre Flamengo e River Plate, pela Libertadoras da América, convém que os torcedores rubro-negros não cantem vitória antes do tempo: os atletas argentinos são carrascos tradicionais do futebol brasileiro. E as estatísticas são claras: as chances de vitória estão com eles
Redação Site – É hoje (23) que “a cobra vai fumar”: a partir das 17h, horário de Brasília-DF, Flamengo e River Plate, da Argentina, protagonizam disputado embate em campo. Ambos vão registrar mais um capítulo de uma história recheada de conquistas e muitos fatos marcantes do futebol sul-americano. A aguardada final de Copa Libertadores da América, portanto, que terá lugar no Estádio Monumental de Lima, Peru, promete ser uma das mais acirradas. Típico duelo de gigantes, levando-se em conta o bom desempenho flamenguista e o suporte técnico do River Plate.
Por justiça, deve ser reconhecido a boa campanha feita até agora pelo Flamengo, responsável por esse clima de “já ganhou” contra os imprevisíveis craques argentinos. Aliás, o show de bola promovido nos últimos tempos pelo rubro-negro nessa reacendeu a expectativa brasileira de recapitularmos {contra o River Plate} o bom futebol de outrora. O povo nunca esquece, afinal, quando o talento em campo é genuíno, a exemplo da Copa de 1970, fase áurea desse esporte e clara ostentação de superioridade dos nossos jogadores. Em outras até lograrmos brilhar, mas a Copa de 70 é o carro-chefe dessas boas lembranças…
“Estar precavido para uma eventual derrota é se resguardar de sofrer menos”
“Resta ao torcedor rubro-negro torcer de forma esperançosa – mas não arrogante – para não “cair decepcionado do cavalo”, é o conselho técnico de quem entende das reviravoltas que os argentinos podem provocar numa aparente estabilidade habilidosa dos adversários. São conscientes de que o futebol brasileiro já teve dias bem melhores, e de algumas décadas para cá prevalece apresentações do tipo “perna de pau”. A enxurrada de gols que a Seleção verde e amarela sofreu da Alemanha na Copa de 2014 é exemplo disso.
Esse progressivo desmonte da antiga arte do nosso futebol teve início a partir da venda de craques tupiniquins para times além oceano. De casa nova e com salários milionários, eles fizeram por lá exatamente o que sabiam fazer: jogar um bolão primoroso. Em resumo, o segredo do futebol brasileiro tornou-se caminho franqueado ao aprimoramento de outras equipes. O Brasil passou a viver, então, exclusivamente de uma fama do que foi seu futebol, hoje quase inexistente, na essência.
Primeira vez – Flamengo e River se enfrentam pela primeira vez numa decisão do tipo, final de número 60 da Libertadores. E também pela primeira vez na história, a final será disputada em um jogo único realizado em sede escolhida de forma antecipada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Esta mudança causou muita polêmica, em especial após o anúncio da troca do local do jogo por causa de protestos que tomam conta da cidade de Santiago do Chile, sede escolhida inicialmente para receber a final.
Deve ser salientando que uma decisão entre Brasil e Argentina já ocorreu 14 vezes, com cinco vitórias brasileiras e nove argentinas, clara superioridade.
*Com informações e fotos da Agência Brasil (texto de Fábio Aguiar Lisboa – Jornalista da TV Brasil – Rio de Janeiro)
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