Grêmio e Palmeiras reeditam pela Libertadores duelo histórico de 1995

Por vaga nas semifinais, gaúchos e paulistas repetem confronto de 24 anos atrás marcado por duas goleadas

Assessoria CBF – Grêmio e Palmeiras escreveram pela Libertadores de 1995 um daqueles capítulos memoráveis da dramaturgia dantesca que o futebol é capaz de proporcionar. A fase de quartas de final do torneio sul-americano daquele ano segue presente no imaginário de gaúchos e paulistas, que muito provavelmente lidam de formas bem diferentes com esse sentimento. Agora, 24 anos depois, as duas equipes voltam a medir forças na fase mata-mata da competição. Assim como em 95, o primeiro encontro das quartas de final acontece no Sul, desta vez na Arena do Grêmio. A bola rola às 21h30 (de Brasília) desta terça-feira (20).

No túnel do tempo

Frente a frente estavam dois times que atravessavam fases singulares e vitoriosas no futebol brasileiro. O badalado Verdão daquela época, e que contava com Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Müller e cia, havia conquistado as duas últimas edições do Campeonato Brasileiro, em 1993 e 1994. Do outro lado estava o campeão da Copa do Brasil de 1994, e que, ao fim da Libertadores 1995, levantaria o segundo troféu continental da sua história. Cheio de garra e competitividade, o Imortal era treinado justamente por Felipão – hoje no Palmeiras –, e tinha Paulo Nunes e Jardel no impetuoso ataque tricolor.

Goleada implacável no Sul

O Estádio Olímpico foi palco do primeiro encontro, marcado por lances ríspidos e confusão em campo. De fato, o clima estava quente em Porto Alegre. Tanto que o jogo terminou com três expulsos pelo árbitro Claudio Cerdeira. Dois dos paulistas (Rivaldo e Válber) e um do time porto-alegrense (Dinho).

É plausível dizer que nem o mais otimista dos torcedores arriscaria a dizer que, naquela noite de 26 de julho de 1995, Jardel (três vezes), Arce e Arílson balançariam cinco vezes as redes do goleiro Sérgio. A goleada do Grêmio por 5 a 0 era uma passo gigantesco rumo às semifinais. Restava ao Palmeiras devolver em casa a mesma diferença de gols para sobreviver no torneio.

Técnico do Verdão, Carlos Alberto Silva, ao ser questionado se a arbitragem teve influência no resultado, foi enfático e disse.

– Não só. Deu tudo errado para o Palmeiras. As expulsões desequilibraram o time. Foi um desastre – comentou na época, em entrevista à Folha de São Paulo.

Data: 26/07/1995
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre (RS)

Grêmio: Danrlei, Arce (Scheidt) , Rivarola, Adílson, Róger; Dinho, Goiano, Arílson e Carlos Miguel (Alexandre); Paulo Nunes e Jardel (Nildo).
Técnico – Luiz Felipe Scolari

Palmeiras: Sérgio; Cafu, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; Amaral (Alex Alves), Mancuso, Flávio Conceição e Válber; Müller (Daniel Frasson) e Rivaldo. Técnico – Carlos Alberto Silva

O milagre por pouco não aconteceu

“Milagre”. Foi a expressão mais usada pelos palmeirenses antes do desafio da volta, em São Paulo. E esse tal milagre ficou ainda mais distante quando, antes dos 10 minutos de jogo no Parque Antártica, Jardel marcou e ampliou ainda mais a vantagem gremista. Buscando o improvável, o Verdão conseguiu igualar logo depois, com Cafu. O empate fez bem aos paulistas, que viraram nos pés de Amaral, antes do fim do primeiro tempo. Logo no início da etapa final, Paulo Isidoro acendeu a chama da esperança alviverde, fazendo 3 a 1. O milagre ficou ainda mais perto quando Mancuso e Cafu balançaram mais duas vezes as redes do goleiro Murilo. Se antes o cenário se mostrava praticamente impossível, a essa altura o sentimento era de que o sexto gol seria questão de tempo. Mas ele não veio. No fim, o grito que daria a vaga ao Palmeiras ficou entalado na arquibancada, que, mesmo assim, aplaudiu o time na saída de campo.

Data: 2/8/1995
Estádio: Parque Antártica, São Paulo (SP)

Palmeiras: Sérgio; Índio, Antônio Carlos, Cléber e Wagner; Amaral (Magrão), Mancuso, Cafu e Paulo Isidoro; Alex Alves (Maurílio) e Müller. Técnico – Carlos Alberto Silva

Grêmio: Murilo; Arce, Rivarola, Scheidt e Roger; Adílson, Goiano, Arílson (André Vieira) e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Vágner Mancini) e Jardel (Nildo) – Técnico: Luiz Felipe Scolari

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