Taffarel destaca união do grupo para por fim a jejum da Seleção

Goleiro da Copa do Mundo de 1994 viveu grande momento nos Estados Unidos e relembra passagens da campanha

Assessoria CBF – Taffarel talvez seja o nome mais gritado da história do futebol brasileiro. Os gritos do narrador Galvão Bueno a cada defesa do goleiro ganharam o mundo. E essa história talvez tenha vivido o seu melhor capítulo há exatos 25 anos, na Copa do Mundo de 1994. O arqueiro foi fundamental para a conquista do tetracampeonato da Seleção Brasileira. Com grandes defesas ao longo da campanha, foi imprescindível para que o grito de “É campeão!” saísse da garganta dos torcedores após um jejum de 24 anos.

Em entrevista ao site da CBF, durante a homenagem aos campeões na Granja Comary, Taffarel lembrou detalhes da conquista nos Estados Unidos. A pressão era muito grande. O ex-goleiro vinha de uma experiência de Copa do Mundo, em 1990, na Itália, mas destaca que parecia maior do que o normal. Para ele, uma atitude do grupo foi fundamental.

– O que pesava muito, e pesa sempre, é essa camisa que a gente veste. Pesa sempre! Quando um jogador veste a camisa da Seleção Brasileira, ele sabe da responsabilidade que tem. Então você não fica olhando para o passado, não pensa “temos que ganhar senão vai passar mais uma Copa (sem título)”. É momento! Tirando aquele peso ali, as coisas ficam bem melhores quando a Seleção se junta e divide o peso. Esse grupo é prova disso, unido, que fechou – declarou.

Taffarel conversa com a equipe do site da CBF durante evento de comemoração do Tetra na Granja ComaryTaffarel conversa com a equipe do site da CBF durante evento de comemoração do Tetra na Granja Comary
Créditos: Lucas Figueiredo / CBF

Ao ser questionado sobre seus grandes momentos na Copa, Taffarel mostra modéstia e brinca com o técnico Carlos Alberto Parreira. O ex-goleiro, no entanto, escolhe o que considera ter sido, além da defesa na disputa dos pênaltis na grande decisão, diante da Itália, sua intervenção mais difícil na competição.

– Não foi uma Copa que eu tenha participado tanto. Se você perguntar para o Parreira, por exemplo, ele vai dizer que eu nem toquei na bola, pra defender o sistema defensivo dele (risos). Mas acho que na própria final, foi uma bola simples, se não me engano foi o Massaro que chutou. Primeira bola que ele chutou veio em cima de mim, mas veio uma bola tão quente… Muitos não deram tanta importância, mas para mim foi uma bola muito perigosa. Eu estava atento, mas se eu não estivesse ligado, poderia me complicar. É uma defesa que só quem é goleiro enxerga o grau de dificuldade – acrescentou.

A história de Taffarel com a Seleção Brasileira segue tendo novos capítulos. O ídolo trabalha como preparador de goleiros da equipe pentacampeã mundial e, neste mês de julho, conquistou mais um título: a Copa América 2019. Ele não se cansa de levantar taças com a Amarelinha.

– Quando você está aqui, ganhar títulos é quase que uma obrigação. A gente até brinca, mas é verdade. Quando o Brasil entra em uma competição, a torcida quer essa vitória. Nós, jogadores, sabemos do nosso potencial e acreditamos sempre na vitória. E os adversários sabem que vão ter que jogar sempre mais contra o Brasil, porque é um adversário que tem condição de ganhar as competições. Tive muitas vitórias aqui, mas também tive derrotas. Mas vamos lembrar só das vitórias (risos) – finalizou.

Gritar “Taffareeeeel!!!” ou “Sai que é sua, Taffarel!” tem um gosto especial. Quando o assunto for a camisa 1 da Seleção Brasileira o gaúcho de Crissiumal será lembrado para sempre. Uma das maiores lendas da história do nosso futebol. Obrigado, Taffa!

Taffarel comemora o título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 1994 diante da ItáliaTaffarel comemora o título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 1994 diante da Itália
Créditos: Acervo CBF

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