Brasil se opõe à compra da Embraer pela Boeing
Brasileiros têm acompanhado, passo a passo, a célere evolução da Embraer, atual fabricante de jatos comerciais e militares de grande porte. Sua venda seria ducha de água fria nas expectativas do que ainda está por vir...
Se o negócio vai ou não ser fechado, ainda não se sabe, mas a alta diretoria da Boeign já aportou no Brasil e tem estabelecido conversações minuciosas com a diretoria da Embraer. E os executivos aterrissaram aqui nos moderníssimos Boeing 737 VIPs (Boeing Business Jets (BBJs), aeronaves específicas para transporte de quem dá as cartas na área executiva da empresa americana.
Já em Brasília-DF, fontes da própria Embraer disseram que o desembarque dos executivos teve acompanhamento de oficiais da Força Aérea Brasileira. Resta saber se, na sequência, o assunto da reunião (que naturalmente aconteceu) esteve voltado para futura negociação entre as fabricantes de aviões.
“Estamos acompanhando, não há qualquer propósito de venda da Embraer”, voltou a afirmar o presidente Michel Temer. Palavras que não têm mais credibilidade perante os tupiniquins, levando-se em conta outras promessas feitas e não cumpridas, em termos de privatização. Mesmo porque, sempre salientando, a Embraer não é cativa absoluta da União, apesar de o governo ser detentor de grande parte das ações.
Essa participação é hoje o único empecilho capaz de barrar a continuidade da transação, se realmente for esta a intenção do comando diretriz da Embraer. A empresa brasileira apenas adianta estar em conversação, ‘sem compromisso, com a Boeing’. Há quem aposte que a concretização do negócio é irreversível. (Com informações de Carlos Martins)
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