Facada em Jair Bolsonaro “desenterrou” votos dos indecisos. Deputado foi transferido para o Hospital Albert Einstein (SP) hoje cedo
A tentativa de assassinato do deputado federal Jair Bolsonaro, líder das pesquisas de intenção de votos para presidente, foi também um tiro no pé naqueles que tentaram expurgá-lo do páreo à custa de medida tão hedionda: o ocorrido pode contabilizar milhões de votos indecisos a favor do parlamentar do PSL à presidência da República
Redação Site – Se realmente o atentado sofrido ontem (6) em Juiz de Fora-MG pelo deputado federal Jair Bolsonaro, do PSL, foi encomendado, o tiro saiu pela culatra: o que se ouve pelas ruas é que a tentativa de homicídio reforçou duplamente a candidatura do líder das pesquisas de intenção de votos, arrebatando a simpatia dos indecisos (que totalizam milhões). Difícil Bolsonaro não ser eleito maciçamente a partir desse episódio sangrento.
O atentado não teve aprovação de nenhum dos opositores políticos do deputado, a ponto de vários cancelarem compromissos da agenda de campanha. Todos qualificaram que também a democracia, o estado de direito democrático, sofreu um grande golpe, e isso cabe repúdio geral da Nação. Os demais postulantes à presidência se solidarizaram com Jair Bolsonaro e seus familiares.
O “suspeito” do crime: pessoa famosa nas redes sociais por postar críticas ferrenhas à classe política do País, nominando detentores de mandato. Bolsonaro consta nas postagens
O pedagogo Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, natural de Montes Claros, residia em Juiz de Fora há poucos meses. Ele disse ao ser preso em flagrante que agiu sozinho, sem orientação de nenhuma agremiação partidária ou outro grupo. Mas, ainda assim, as investigações continuam. Policiais federais já estiveram em sua casa recolhendo computador e celulares, além de ouvir familiares. Segundo esses últimos, Adélio era pessoa tranquila, sem perfil agressor. A estranheza da família mineira foi geral ao saber do atentado que ele cometeu.
Adélio foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014, e conforme foi apurado pelas autoridades que investigam o caso, ele tem passagem por lesão corporal, ocorrência policial registrada em 2013.
Nas redes sociais, principalmente no Facebook, Adélio fez várias postagens alusivas a atividades políticas recentes, sempre evidenciando revolta pela situação do País, inclusive de forma nominal. O deputado Jair Bolsonaro também aparece nas postagens.
A defesa do acusado alega que ele não tinha intenção de matar, “apenas causar um arranhão”. O tal “arranhão” fez estrago considerável nos intestinos da vítima, a ponto de os médicos serem obrigados a seccionar alguns centímetros dos órgãos danificados pela perfuração, o que estancou a hemorragia e evitou infecção pelo escoamento de fezes. Todo o processo cirúrgico demorou quatro horas. Mesmo porque importante artéria também foi atingida.
Até às primeiras horas da noite de ontem, os clínicos ainda aguardavam o desdobramento da reação do paciente para saber se ele teria condições de ser transferido para São Paulo hoje. Segundo os cirurgiões, acaso os procedimentos de socorro e cirúrgicos não tivessem sido realizados celeremente, o deputado não sobreviveria. Ele recebeu duas bolsas de sangue para recompor a perda sanguínea ocasionada pela facada.
Já pela manhã, após nova avaliação médica, a transferência foi autorizada, mediante os sinais de recuperação de Bolsonaro. Os clínicos alertam que o processo de convalescença é lento e o deputado – que está consciente – precisa de repouso absoluto. Em se tratando do final de uma campanha presidencial, trata-se de recomendação nada alentadora.
Comentários estão fechados.