Fander Amud e Reginaldo, Régis: empresariando a alegria musical em Cuiabá
Por João Carlos de Queiroz – Investir no ramo musical é uma empreitada um tanto quanto complexa. Porque, por maior que seja o talento de uma pessoa na área, incluindo dote administrador, a realidade pode ser uma “ducha de água fria” quando determinados projetos são colocados à prova sob situações inusitadas, prevalecendo unicamente a frieza impessoal.
Persistir, portanto, pode ser um dos caminhos do sucesso se há perspectiva de alguma luz nesse túnel de obscuridade futura. Ou, então, investir sem pensar muito, somente acreditando em amanhãs promissores, em respostas honrosas ao seu esforço de agitar a alegria hibernada nos seres humanos. Tudo pela música e em função do bem-estar geral. Porém, se nada disso der certo, valeu então a experiência da tentativa…
Pode ser descrita assim a determinação de dois mestres da música em Cuiabá, Fander Amud e Reginaldo Amorim, o “Régis”. São eles os responsáveis pela eclosão agitada de alegria musical no antes pacato bairro Novo Terceiro. Típico alarde de irresistível candura, e que tem eletrizado muitos corações. Os dois empresários decapitaram as citadas hesitações acima para partir direto rumo ao sucesso, hoje uma realidade estruturada nos negócios de entretenimento noturno sediados na Região Oeste.
Os barzinhos ficam repletos de clientes a partir das primeiras horas da noite, e por vezes ainda no crepúsculo moroso. Fander e Regis hoje sorriem facilmente ao falar dos tempos difíceis de outrora, não tão promissores no âmbito musical. Fander – confesso amante inveterado da música – é exímio instrumentista (violão, guitarra). Por conta disso, consegue associar a proeza de tocar em vários lugares seletivos da capital e manter ainda assídua presença no seu estabelecimento, que, inclusive, tem espaço vip no terraço, dotado de piscina, churrasqueira e som. Local adequado para pequenos eventos, aniversários, etc…
Ambos os profissionais da música dispõem de sofisticada estrutura de datashow (para exibição de vídeos musicais e futebol) e karaokê (a cada dia atraindo mais pessoas).
Já Reginaldo Amorim, figura igualmente carismática na noite cuiabana, é uma espécie de Alok cuiabano, dedilhando mil e um componentes no seu equipamento de som. “Um dia já fui dj”, confessa, praticamente abandonando o encantamento desse trabalho para entrar no ramo empreendedor da música. E se deu muito bem, pois continua militando na área, literalmente. Cuiabá agradece.
É o caminho inverso trilhado por Fander Amud quando ele morava em Manaus, época em que se dedicava a ministrar aulas de informática. A música logo decapitou essa militância de professor e resgatou Amud ao mundo pelo qual ele se dedica tão apaixonadamente. “Difícil não se render à música. É algo muito forte, chamativo e imperioso”, explica, emocionado.
E se hoje ambos {Fander e Régis} têm estabelecimentos musicais consolidados e com súditos intermitentes, é porque ambos fizeram o dever de casa direitinho. Ninguém se apaixona por algo que não convence, que não traz a sensação inequívoca de felicidade, fenômeno propiciado pela música.
Vale a pena, então, empreender uma esticadinha até o Novo Terceiro, nas proximidades da Igreja Nossa Senhora Medianeira, e comprovar o sucesso desses dois mestres musicais. Impossível não localizar logo os dois barzinhos num rápido desfile pela avenida principal do bairro; ambos estão sediados a menos de 300 metros um dos outros. E o mais interessante: seus proprietários (Fander/Régis) costumam se revezar em visitas mútuas de prazeroso papo. Sempre regado ao tema musical, lógico. Tornaram-se bons amigos, concorrência à parte.
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